No seguimento das declarações feitas hoje à Lusa pelo engenheiro Carlos Matias Ramos, da Plataforma Cívica Aeroporto BA6 Montijo Não – após uma reunião entre esta plataforma e o Governo – gostaria o Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, de esclarecer o seguinte:
Apesar de toda a consideração pelo Sr. Eng. Matias Ramos e de se compreender que continue a defender a solução Alcochete, à qual esteve muito ligado há dez anos, o certo é que em dez anos muita coisa mudou.
Os seus alertas qualificados sobre a opção Montijo foram devidamente registados e serão tidos em conta para a melhoria do projeto.
Mas não há opção B.
É certo que o contrato de concessão com a ANA - assinado durante o Governo de Passos Coelho - condicionou a opção do Governo. Mas o Governo atual optou pelo Montijo e optou bem.
Montijo está a 25 minutos de Lisboa e não custa um cêntimo aos cofres do Estado. Tem capacidade de expansão para as próximas décadas e estará construído em 2022. Será ambientalmente respeitador. Melhorará toda a rede de acessibilidades da margem Sul, o emprego e a economia nacionais.
Alcochete deixou de ser opção há dez anos e não é agora alternativa: é muito mais distante, muito mais caro e implicará perda de receita para o País muito significativa. Ficará como reserva estratégica para os próximos cem anos. Mas para os próximos 50 anos Lisboa/Montijo darão boa capacidade de resposta.
Portugal discutiu durante décadas a localização do novo aeroporto. Mas há um tempo para discutir e um tempo para decidir. E este Governo decidiu e, sobretudo, decidiu bem. O tempo agora é de decisões ambientais e de qualidade do projeto.