A Ministra da Cultura lamenta a morte do artista Manuel Amado (1938-2019), arquiteto de formação e cujo percurso é dos mais singulares e coerentes da pintura portuguesa, estando a sua obra, hoje, representada em quase todas as grandes coleções nacionais de pintura.
O seu olhar sobre o país e a passagem do tempo, rigoroso na representação da luz e das sombras, formou um modo de ver Portugal e, muito em particular, a cidade de Lisboa onde nasceu, erguida a partir de uma memória ao mesmo tempo real e profundamente afetiva. Com uma ligação pessoal e familiar às artes cénicas, foi graças à sua obra pictórica, vasta e imediatamente reconhecível, que se afirmou como um dos pintores mais emblemáticos da arte contemporânea portuguesa, com um trajeto sempre diverso e diferente das correntes dominantes. Filho do autor, encenador e ator Fernando Amado, fundador da Casa da Comédia e do Teatro Ginásio, e ele próprio ator nos seus anos de estudante, onde colaborou com António Manuel Couto Viana, Manuel Amado foi também um pintor do tempo e dos ritmos próprios das artes cénicas. À Família e Amigos enviam-se sentidas condolências.