O Primeiro-Ministro sublinhou que, perante uma situação climatérica que o IPMA classificou de "situação excecional de calor que nunca tinha sido observada no país, em que dia 4 de agosto foi o mais quente do século e todos os recordes foram batidos", foram registadas 582 ignições nestes cinco dias mais críticos, destas 582 ignições só foram registados 26 incêndios e desses apenas um, o de Monchique, teve esta dimensão. Ou seja, este, obviamente, é uma exceção. É a exceção que confirma a regra do que aconteceu no conjunto do País.
O Primeiro-Ministro não só não procurou desdramatizar ou desvalorizar a gravidade da situação em Monchique como disse, pelo contrário, que a situação era alarmante e ia agravar-se ("É uma operação que vai ainda decorrer ao longo dos próximos dias. E não vale a pena termos a ilusão de pensar que este incêndio será apagado nas próximas horas. Não será apagado nas próximas horas. As próximas horas vão ser particularmente adversas, quer do ponto de vista da temperatura, quer do ponto de vista da velocidade do vento, quer do ponto de vista da humidade relativa").
E também é falso que as palavras do Primeiro-Ministro tenham sido para elogiar as políticas de prevenção promovidas pelo Governo. O Primeiro-Ministro elogiou, sim, todos os portugueses, pelo esforço de limpeza feito ao longo do ano e pela contenção de comportamentos de risco. As primeiras palavras foram, aliás, dirigidas às populações, em segundo lugar aos agentes de proteção civil e em terceiro lugar aos autarcas, nunca se tendo referido à atuação do Governo.
Por fim, o Primeiro-Ministro sublinha que é cedo para fazer quaisquer balanços dos incêndios, porque o verão começou tardio e também de forma atípica, e que o que é absolutamente prioritário é assegurar a proteção da vida das pessoas, reiterando uma palavra de solidariedade para com as pessoas afetadas com os incêndios.