A presente moção de censura tem uma e só uma virtualidade, confirmar que a Direita permanece em minoria neste Parlamento e que não dispõe de qualquer alternativa viável de Governo.
Trata-se por isso de um ato falhado contra a solução governativa que PS, BE, PCP e PEV foram capazes de construir em novembro de 2015 e que ainda esta semana o SG da OCDE considerou "ser um modelo muito eficaz, muito interessante", "quase uma exceção na Europa", onde os focos de instabilidade se multiplicam.
A anunciada rejeição da moção de censura reforça assim a nossa credibilidade internacional, que a sustentada redução das taxas de juro expressa e o crescimento do investimento reconhece, mas, sobretudo, é motivo de tranquilidade para os portugueses que veem reafirmada a continuidade da mudança política iniciada há 3 anos e que desejam que possa prosseguir.
Esta moção nada tem, por isso, a ver com a disputa do Governo mas tão só com a medição de forças na oposição.
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