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A «primeira preocupação do Governo relativamente à política fiscal é a de assegurar a estabilidade do sistema», afirmou o Ministro das Finanças, Mário Centeno, na discussão na especialidade do OE 2016 na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa da Assembleia da República.
Mário Centeno acrescentou que, «por este motivo, mantemos inalteradas as taxas dos principais impostos»: IRS, IRC e IVA. Referindo que se há alterações aos respetivos regimes para cumprir o Programa do Governo, não há alterações às respetivas taxas.
Como segunda preocupação, o Ministro apontou «uma distribuição mais justa da carga fiscal. Menos impostos penalizadores do trabalho. Mais receita decorrente dos impostos indiretos, mais amigos do crescimento, a que se juntam ainda preocupações extrafiscais».
Como medida de melhor distribuição da carga fiscal, Mário Centeno lembrou «a redução da sobretaxa do IRS no ano de 2016», com 99,7% dos agregados familiares isentos ou beneficiando de redução da sobretaxa, «e a sua eliminação no próximo ano».
E, também, a extinção da Contribuição Extraordinária de Solidariedade em 2017, com redução para 7,5% sobre o montante que exceda 11 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (que é de 419 euros).
Impostos indiretos
O Ministro referiu que parte da receita fiscal é obtida através do aumento de impostos indiretos, que «tem ainda subjacente um conjunto de preocupações extrafiscais».
Assim:
Foto: Ministro das Finanças, Mário Centeno, e Secretário de Estado do Orçamento, João Leão, na disucssão na especialidade do Orçamento do Estado para 2016, Assembleia da República, 4 março 2016 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
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