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2016-09-28 às 14h27

Património tem de ser preservado e rentabilizado para criar valor

Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, na apresentação do programa Revive, Coimbra, 28 setembro 2016 (Foto: Paulo Novais/Lusa)

«Portugal não se pode dar ao luxo de desbaratar um dos seus recursos, como o património histórico, tendo a obrigação de o manter», afirmou o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

Estas declarações foram feitas aos jornalistas em Coimbra, após uma visita ao Convento de Santa Clara-a-Nova, que será concessionado a privados, no âmbito do programa Revive.

«O País tem também a obrigação de tornar esse património sustentável através de uma rentabilização, de modo a que, em vez de ser um custo, possa ser algo que traz mais valor a Portugal e ajude a criar emprego e a afirmar o País como um destino turístico», acrescentou o Ministro. No caso do Convento de Santa Clara-a-Nova, será convertido num hotel.

Manuel Caldeira Cabral sublinhou que o Governo quer «que o turismo continue a crescer com qualidade e que Portugal se possa afirmar internacionalmente também por estes espaços magníficos».

«Assim, é necessário, não só que os turistas possam desfrutar deste património, mas também os portugueses», referiu o Ministro, lembrando que, presentemente, o Convento de Santa Clara-a-Nova «está fechado e não pode ser visitado».

Programa Revive

Outro exemplo dado por Manuel Caldeira Cabral é o Convento de São Paulo, em Elvas, sendo aquele cujo processo está mais adiantado – «já na fase de concurso, havendo até interessados em recuperá-lo para fazer dele uma unidade hoteleira».

«Os projetos abrangidos pelo Revive poderão candidatar-se a fundos comunitários e disporão de linhas de crédito com prazos mais longos e juros bonificados, por terem garantia do Estado, para permitir que investimentos que terão um período de retorno mais longo sejam sustentáveis», disse o Ministro.

E concluiu: «Queremos que haja ganho para as populações, para o País, para o património, mas também que os privados que investem nestes projetos tenham sucesso».

O Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, afirmou que este Programa é «a grande oportunidade para o património cultural em Portugal».

«O Revive é exemplar, porque é baseado numa profunda parceria entre Ministérios, e também entre a administração central e local», acrescentou Miguel Honrado.

O Secretário de Estado referiu ainda: «Estamos perante um projeto de profunda valorização e respeito pelo património, que tem um sentido muito estratégico para melhorar e otimizar a gestão dos recursos exigentes».

«O Revive vai trazer uma segunda vida ao património e uma nova vivência aos cidadãos», concluiu.

Numa primeira fase do Programa deverão ser concessionados mais edifícios, em Vila Nova de Cerveira (Castelo), Arouca (Mosteiro), Amarante (Mosteiro de São Salvador de Travanca), Peniche (Fortaleza), Caldas da Rainha (Pavilhão do Parque), Cascais (Forte do Guincho), Oeiras (Paço Real de Caxias), Portalegre (Castelo) e Évora (Quinta do Paço de Valverde). Ao todo, o Revive engloba 30 edifícios sitos em todo o País.

 

Foto: Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, na apresentação do programa Revive, Coimbra, 28 setembro 2016 (Foto: Paulo Novais/Lusa)