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«Portugal não se pode dar ao luxo de desbaratar um dos seus recursos, como o património histórico, tendo a obrigação de o manter», afirmou o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
Estas declarações foram feitas aos jornalistas em Coimbra, após uma visita ao Convento de Santa Clara-a-Nova, que será concessionado a privados, no âmbito do programa Revive.
«O País tem também a obrigação de tornar esse património sustentável através de uma rentabilização, de modo a que, em vez de ser um custo, possa ser algo que traz mais valor a Portugal e ajude a criar emprego e a afirmar o País como um destino turístico», acrescentou o Ministro. No caso do Convento de Santa Clara-a-Nova, será convertido num hotel.
Manuel Caldeira Cabral sublinhou que o Governo quer «que o turismo continue a crescer com qualidade e que Portugal se possa afirmar internacionalmente também por estes espaços magníficos».
«Assim, é necessário, não só que os turistas possam desfrutar deste património, mas também os portugueses», referiu o Ministro, lembrando que, presentemente, o Convento de Santa Clara-a-Nova «está fechado e não pode ser visitado».
Programa Revive
Outro exemplo dado por Manuel Caldeira Cabral é o Convento de São Paulo, em Elvas, sendo aquele cujo processo está mais adiantado – «já na fase de concurso, havendo até interessados em recuperá-lo para fazer dele uma unidade hoteleira».
«Os projetos abrangidos pelo Revive poderão candidatar-se a fundos comunitários e disporão de linhas de crédito com prazos mais longos e juros bonificados, por terem garantia do Estado, para permitir que investimentos que terão um período de retorno mais longo sejam sustentáveis», disse o Ministro.
E concluiu: «Queremos que haja ganho para as populações, para o País, para o património, mas também que os privados que investem nestes projetos tenham sucesso».
O Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, afirmou que este Programa é «a grande oportunidade para o património cultural em Portugal».
«O Revive é exemplar, porque é baseado numa profunda parceria entre Ministérios, e também entre a administração central e local», acrescentou Miguel Honrado.
O Secretário de Estado referiu ainda: «Estamos perante um projeto de profunda valorização e respeito pelo património, que tem um sentido muito estratégico para melhorar e otimizar a gestão dos recursos exigentes».
«O Revive vai trazer uma segunda vida ao património e uma nova vivência aos cidadãos», concluiu.
Foto: Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, na apresentação do programa Revive, Coimbra, 28 setembro 2016 (Foto: Paulo Novais/Lusa)
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