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2016-11-29 às 17h03

Alunos portugueses continuam a melhorar a matemática mas pioram a ciências

Secretário de Estado da Educação, João Costa

Os alunos portugueses do 4.º ano têm vindo a mostrar cada vez melhores resultados a matemática. É o que mostra o estudo «Tendências Internacionais em Matemática e Ciências» (Trends in International Mathematics and Science Study) TIMSS 2015. Por outro lado, os mesmos alunos mostram hoje mais dificuldades a ciências.

O estudo, que compara a literacia dos alunos a matemática e ciências em 56 países do mundo, e no qual Portugal participa desde 1995, é promovido pela Associação Internacional para a Avaliação do Rendimento Escolare coordenado em Portugal pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE).

O estudo avaliou os resultados de mais de 4600 alunos de fim de 1.º ciclo de 217 escolas portuguesas. A matemática, os alunos portugueses ocupam a 13.ª posição (ocupavam a 11.ª em 2011), ao lado da Inglaterra ou Estados Unidos. Já a ciências, Portugal ocupa este ano a 32.ª posição perto de Espanha ou Itália (ocupava o 19.º lugar).

Perspetiva de evolução

O Secretário de Estado da Educação, João Costa, afirmou que estes resultados ajudam a «olhar para a escola sem formatar a escola», e que importa avaliar os resultados numa perspetiva de evolução, mais do que tirar conclusões sobre os estudos isoladamente.

Neste aspeto, 10 anos de dados já recolhidos em Portugal pelo TIMSS representam uma série longa o suficiente para se concluir sobre a melhoria contínua dos resultados a matemática.

O Ministério da Educação desenvolveu, em 2006, através da Direção-Geral de Educação, um Plano de Ação da Matemática (PAM), baseado no diagnóstico efetuado pelos professores de Matemática, decorrente da reflexão sobre os resultados dos exames de Matemática do 9.º ano de escolaridade de 2005.

O PAM promoveu a formação contínua de professores do Básico ao Secundário, o reajustamento curricular, criação de bancos de recursos educativos, entre outros aspetos.

Usar a experiência da matemática

Este modelo, que se reflete nestes resultados, deve ser uma base de partida para iniciativas semelhantes no sentido de estudar soluções para outras áreas de conhecimento. «É preciso olhar para outras disciplinas», frisou o Secretário de Estado.

Reflexão é também necessária noutros parâmetros identificados por este estudo internacional, referiu João Costa enfatizando o que o TIMSS nos diz sobre a capacidade de raciocínio e de aplicação dos conhecimentos dos alunos.

Se os alunos do Ensino Básico mostram facilidade de aplicação de raciocínios, já os alunos do 12.º ano, cujos resultados a matemática e física foram avaliados pelo TIMSS Advance (variante em que Portugal participou pela primeira vez e que engloba apenas nove países) mostram mais dificuldade na aplicação de raciocinios.

«São dados que merecem uma reflexão séria e apaixonada», disse o Secretário de Estado.