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2016-12-05 às 14h03

Novos investimentos mostram confiança das empresas em Portugal

Primeiro-Ministro António Costa visita a fábrica da Renova no âmbito da Agenda Mais Crescimento, Torres Novas, 5 dezembro 2016 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
Agenda Mais Crescimento - Renova, Torres Novas

A recuperação económica a que o País tem assistido «assenta em bases sólidas», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa numa declaração feita durante a visita à fábrica da Renova, em Torres Novas, no âmbito da «Agenda Mais Crescimento».

A Renova fez um investimento de 36 milhões de euros numa nova máquina, a primeira na Europa e a quinta no mundo, para aumentar a sua produção em 35 a 40 mil toneladas por ano de papel tissue, tendo como objetivo quase duplicar as exportações até 2021. O investimento foi apoiado pelo Portugal 2020 com sete milhões de euros, reembolsáveis.

O Primeiro-Ministro sublinhou que o investimento em máquinas e equipamentos é a rubrica que mais aumentou este ano (7%) comparativamente a 2015, um sinal de que as empresas estão a apostar no aumento e na melhoria da produção.

António Costa, que foi acompanhado pelo Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos,  destacou ainda que todos os concursos de financiamento abertos no âmbito do Portugal 2020 contam com projetos de empresas nacionais.

«Temos visto que a população ativa está a aumentar, o desemprego está a baixar, o que significa que as empresas estão a contratar pessoas, a aumentar os seus quadros para poderem responder a estas necessidades de aumento de produção», disse.

O Primeiro-Ministro afirmou que «o que leva a Renova a investir tem a ver com a confiança que têm na qualidade do seu produto, força da inovação que introduzem, da modernização que fazem, da qualidade dos seus trabalhadores, e o esforço dos seus acionistas».

«É nessa base que assentamos a recuperação da economia portuguesa», disse António Costa, apontando os vários casos de empresas nacionais e estrangeiras, que estão a investir em modernização, expansão e contratação de trabalhadores, que tem visitado no âmbito da «Agenda Mais Crescimento».

Itália

Acerca da demissão do Primeiro-Ministro italiano, Matteo Renzi, na sequência da derrota das suas propostas de reforma do sistema político no referendo de 4 de dezembro, o Primeiro-Ministro António Costa afirmou esperar que a Itália «rapidamente reencontre estabilidade política e tenha condições para continuar a ser um dos grandes motores do projeto europeu, como tem sido desde a sua fundação».

Sobre Matteo Renzi, o Primeiro-Ministro desejou que mantenha a participação ativa no projeto europeu «porque tem muito a dar, é uma força de energia, de criatividade, de combatividade que fará muita falta à Europa se se retirar do Conselho Europeu».

António Costa referiu novamente o enorme descontentamento dos cidadãos europeus relativamente ao funcionamento da Europa, que atribuiu à forma como a crise financeira iniciada em 2009 foi gerida.

Contudo, a Comissão Europeia e o seu presidente, Jean-Claude Juncker, «têm tido iniciativas muito importantes», para aproximar a Europa dos cidadãos.

«A nova comunicação que fizeram agora sobre política orçamental é mais um passo importante, mas é essencial que, ao nível do Conselho [Europeu], haja uma maioria também que ajude a Comissão Europeia a levar para a frente esta inversão de política», afirmou.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa visita a fábrica da Renova no âmbito da Agenda Mais Crescimento, Torres Novas, 5 dezembro 2016 (Foto: Paulo Vaz Henriques)