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Atingimos a velocidade de cruzeiro na execução dos nossos fundos comunitários no que diz respeito às empresas», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa, na cerimónia de assinatura de dois contratos de investimento entre o Estado e o grupo de produção de pasta de papel Altri, no valor de 125 milhões de euros, na Figueira da Foz.
O Primeiro-Ministro referiu que Portugal chegou ao final de 2016 com 470 milhões de euros atribuídos às empresas, através de fundos comunitários de apoio ao investimento, ultrapassando a meta definida pelo Governo de colocar 450 milhões de euros nas empresas no ano passado.
«Por isso, podemos mesmo dizer, com tranquilidade e sem otimismo, que a meta que fixámos para este ano, é uma meta que também iremos cumprir, tal como cumprimos no ano passado», sublinhou. O objetivo para 2017 é aplicar mil milhões de euros no apoio ao investimento das empresas.
Os apoios às empresas só existem porque existe por parte das empresas vontade de investir e que essa mesma vontade de investimento só existe porque há confiança, disse António Costa.
E «há boas razões para haver confiança» porque Portugal «vai sair pela primeira vez do procedimento por défice excessivo», o quadro político é estável e os números das exportações são animadores, «em particular nos mercados europeus», que são os mais exigentes.
Melhorar produtividade da floresta
O Primeiro-Ministro disse também que o Governo vai disponibilizar mais de 18 milhões de euros para melhorar a produtividade na plantação de eucalipto, porque «a produtividade média que temos por hectare é baixíssima e temos condições de a melhorar significativamente». Presentemente, a produção é de cinco toneladas por hectare.
Para subir significativamente a quantidade de madeira produzida por hectare, em 2017 o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural vai abrir um concurso de financiamento de mais de 18 milhões de euros exclusivamente para a melhoria da produtividade do eucalipto.
António Costa afirmou que o investimento necessário na floresta é no aumento da produtividade e «não necessariamente aumentando as áreas de qualquer tipo de povoamento», mas através de melhor gestão, melhor ordenamento, melhores espécies e melhores condições de exploração dos terrenos.
Investimento na melhoria da competitividade
A assinatura dos dois contratos de investimento com o grupo de produção de pasta de papel Altri correspondem a investimentos de 40 milhões de euros na fábrica da Figueira da Foz (Celbi), e 85 milhões de euros na fábrica de Vila Velha do Ródão (Celtejo) destinados a melhorar a competitividade, a gerar eficiências e a aumentar a capacidade.
A fábrica da Celbi, segunda maior produtora de pasta de papel da Europa, aumentará e melhorará a eficiência do sistema de descasque de madeira, e a da Celtejo será modernizada e tornada mais eficiente.
O grupo português Altri, que tem um volume de vendas superior a 665 milhões de euros, exporta cerca de 95% da sua produção designadamente para a Europa.
A Altri possui ainda uma outra fábrica em Constância (Caima), desenvolvendo também atividade na gestão da floresta, detendo cerca de 85 mil hectares, e na produção de energia a partir da biomassa.
A cerimónia, integrada na iniciativa Mais Crescimento, contou com a presença dos Ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, e do Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.
Foto: Primeiro-Ministro António Costa e Ministros Caldeira Cabral e Capoulas Santos visitam fábrica de pasta de papel da Celbi, Figueira da Foz, 16 janeiro 2017
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