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«No plano económico, a Argélia é o primeiro fornecedor de gás a Portugal, há uma presença crescente e importante de empresas portuguesas que trabalham para o Estado e o setor privado na Argélia, e no plano político e diplomático as relações são de facto excelentes», afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no final de uma reunião com o Ministro da Indústria e Minas argelino, Abdesselam Bouchouareb.
Santos Silva recordou que «sobretudo a partir de 2005, data da assinatura do Tratado de amizade entre os dois países, as relações desenvolveram-se substancialmente», embora as relações entre Portugal e Argélia sejam seculares e, nas décadas mais recentes a Argélia tenha sido «um dos locais de exílio dos democratas portugueses no tempo da ditadura fascista em Portugal».
O Ministro português referiu também que a Argélia «foi um dos primeiros países do mundo» a manifestar apoio à candidatura de António Guterres para secretário-geral ONU, e apontou a importância do diálogo entre os países do Mediterrâneo ocidental (Portugal, Espanha, França, Itália e Malta, e Mauritânia, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia).
Santos Silva sublinhou ainda a convergência de posições entre os dois países em termos de política internacional, no quadro das Nações Unidas, mas também na União para o Mediterrâneo, concluindo que «uma visita de um Ministro argelino é sempre uma ocasião de prazer, de encontrar amigos».
Desenvolver mais as relações
O Ministro da Indústria e Minas argelino, Abdesselam Bouchouareb, afirmou que «este apoio político vai permitir-nos estabelecer uma relação económica a um nível ainda mais importante que o atualmente existente, e decerto que no segundo semestre vamos ter um excelente encontro da Alta Comissão Mista», que foi preparada na reunião com o Ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Ministro argelino visitou Portugal durante dois dias, tendo copresidido, coo o Ministro da Economia Caldeira Cabral, à reunião da Comissão Mista, reunido com empresas portuguesas, participado num Fórum económico organizado pela AICEP com representantes de 120 empresas portuguesas e 72 empresas argelinas, e assinado três acordos no setor das minas e setor da metalurgia.
O Ministro Bouchouareb referiu a diversificação do relacionamento económico entre os dois países, recordando que «antes havia uma grande concentração na construção civil e obras públicas», mas agora «além da metalurgia falámos de medicamentos, de energias renováveis, de formação, transferência de tecnologias, tudo isto pode aprofundar as nossas relações, para além da qualidade das relações políticas».
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