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O Conselho de Ministros aprovou um novo pacote legislativo, no âmbito do Programa Capitalizar, que cumpre mais uma etapa na estratégia de capitalização das empresas, assumida como estrutural para o relançamento da economia e para a criação de emprego.
Os objetivos das novas medidas são a melhoria da eficácia nos processos de reestruturação empresarial e de insolvência; a alavancagem financeira das empresas; e a dinamização do mercado de capitais.
Para o Governo, o investimento empresarial tem um papel preponderante na recuperação e na sustentabilidade do crescimento económico e na criação de emprego, razão pela qual a capitalização das empresas constitui um dos pilares do Programa Nacional de Reformas.
Neste sentido, o Governo assumiu como prioridade a redução do elevado nível de endividamento das empresas e a melhoria de condições para o investimento, nomeadamente através da redução dos constrangimentos no acesso ao financiamento.
Ao aprovar estas medidas, o Governo dá mais um passo fundamental na concretização do Programa Capitalizar, através de medidas de quatro dos cinco eixos estratégicos do Programa.
Mercado de Capitais e Alavancagem de Financiamento
O Conselho de Ministros aprovou um diploma que se insere simultaneamente no eixo da Dinamização do Mercado de Capitais e no eixo da Alavancagem de Financiamento e Investimento.
Este diploma cria as Sociedades de Investimento para Fomento da Economia (SIFE), um subtipo de sociedade de investimento mobiliário desenhado especificamente para as PME em ligação com os mercados regulamentados.
Este novo veículo de investimento terá por vocação permitir o acesso indireto ao mercado de capitais de empresas que, pela sua dimensão, não poderiam aceder diretamente a uma base alargada de investidores, promovendo ao mesmo tempo a diversificação dos riscos para o investidor.
Simultaneamente, o diploma revê e atualiza o regime de valores mobiliários de natureza monetária, reconhecendo um novo tipo de valor mobiliário representativo de dívida de curto prazo: os Certificados de Dívida de Curto Prazo.
Simplificação Administrativa
No eixo relativo à Simplificação Administrativa e Enquadramento Sistémico, o Conselho de Ministros aprovou duas medidas.
A revisão do regime jurídico da certificação por via eletrónica de micro, pequena e média empresa, introduzindo a definição de empresa de média capitalização (Mid Cap) e, dentro desta, da categoria de empresa de pequena-média capitalização (Small Mid Cap), tendo em conta que no Programa Capitalizar existem objetivos de promoção de acesso a soluções de financiamento que se destinam, não só a PME mas também às empresas desta dimensão.
Aprovou uma proposta de Lei que altera a Lei de Entrada e Residência de Estrangeiros que, no âmbito do Programa Capitalizar, introduz alterações ao regime das Autorizações de Residência para Investimento (mais conhecidas por Vistos Dourados) para abranger três tipos de investimento, sobretudo em PME.
Reestruturação Empresarial
No eixo da Reestruturação Empresarial, o Conselho de Ministros de 16 de março deste ano tinha já aprovado quatro medidas que enviou para consulta pública, até 14 de abril.
Foram recebidos contributos de 64 entidades e foram realizadas várias reuniões com peritos de entidades relevantes no domínio da reestruturação empresarial.
Hoje, o Conselho de Ministros aprovou os diplomas legislativos em consulta.
Programa Capitalizar com execução acima dos 75%
O Programa Capitalizar apresenta uma taxa de execução de 77%, com 51 medidas implementadas ou em curso, face ao total de 66 medidas propostas pela Estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas.
A Estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas foi criada logo no início de funções do Governo e o trabalho de análise à realidade empresarial nacional que efetuou resultou num conjunto de propostas de medidas de apoio à capitalização de empresas, enquadradas em cinco eixos estratégicos de intervenção:
Com base nestes eixos, o Governo aprovou em agosto de 2016 o Programa Capitalizar, que visa promover estruturas financeiras mais equilibradas, reduzindo os passivos das empresas economicamente viáveis, bem como melhorar as condições de acesso ao financiamento das Micro e PME.
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