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2017-06-06 às 12h45

Governo vai apoiar «hospitais para que não haja nenhum tipo de rutura»

Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, durante a cerimónia de assinatura de protocolos entre o INEM e as Unidades de Saúde para a renovação total da frota de viaturas médicas de emergência

O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que o Governo e as Administrações Regionais de Saúde vão fazer o acompanhamento dos hospitais que possam ter problemas de transição com a medida que determinou um corte de 35% nos gastos com a contratação de médicos tarefeiros.

«Não seremos insensíveis a situações de transição, porque estas questões não se resolvem com o estalar dos dedos Haverá oito a dez hospitais com maiores dificuldades. O Governo e as Administrações Regionais de Saúde irão apoiar os hospitais para que não haja nenhum tipo de rutura nem nenhuma descontinuidade», referiu.

Em Lisboa, durante uma cerimónia de assinatura de protocolos entre o INEM e as Unidades de Saúde, Adalberto Campos Fernandes realçou a importância de medida para «reduzir o que são muitas vezes os preços exorbitantes a que estão a pagar o trabalho à hora de médicos que não estão no quadro do Serviço Nacional de Saúde».

O Ministro disse que se estão a atingir valores «que são muitas vezes desproporcionados» e salientou a necessidade de «introduzir alguma racionalidade no trabalho à peça», sendo que em 2016 a despesa com médicos tarefeiros rondou os 100 milhões de euros.

Adalberto Campos Fernandes afirmou ainda que os médicos do Serviço Nacional de Saúde vão passar a ter reposto 75% do pagamento do trabalho extraordinário e que, até ao final do ano, o valor atingirá os 100%.

São os médicos do Serviço Nacional de Saúde que o Governo «quer acarinhar, trazer para o sistema e ter a trabalhar nos serviços de urgência», acrescentou o Ministro, que disse que serão lançados em breve os concursos que visam integrar mais 1200 médicos no Serviço Nacional de Saúde. Entre abril de 2016 e abril de 2017, o número de médicos aumentou de 28228 para 29287, ou seja, mais 1059 profissionais.

Renovação total da frota do INEM

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) assinou o protocolo que visa a renovação da totalidade da sua frota de Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), na sequência do despacho publicado em Diário da República a 20 de abril de 2017 que refere a aquisição de 24 novas viaturas.

No despacho assinado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, e pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, pode ler-se que o Governo «estabeleceu como prioridades melhorar a gestão dos hospitais e a articulação com outros níveis de cuidados, reduzindo as ineficiências do Serviço Nacional de Saúde e apostando em modelos de governação baseados na melhoria contínua da qualidade e na garantira da segurança do doente».

A renovação da frota resulta da intenção de «imprimir maior dinamismo, flexibilidade e eficiência» e o objetivo é que o parque de viaturas médicas de emergência e reanimação, no qual constam 44 viaturas, «seja totalmente renovado, evitando situações graves de inoperacionalidade».

Em 2016, o INEM adquiriu 20 viaturas, faltando agora proceder à renovação das restantes 24.

 

Foto: Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, durante a cerimónia de assinatura de protocolos entre o INEM e as Unidades de Saúde para a renovação total da frota de viaturas médicas de emergência e reanimação, Lisboa, 6 junho 2017