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O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que Portugal quer ter uma unidade de saúde que recorra à física de partículas de alta energia para tratar doentes com cancro a partir de 2022.
«É uma tecnologia que está a emergir no mundo», referiu o Ministro em declarações à agência Lusa durante a participação na abertura da 61.ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atómica, em Viena.
A tecnologia «permite o tratamento eficaz de cancros que não conseguem ser tratados com as tecnologias mais convencionais e reduz os efeitos secundários de tratamentos baseados na quimioterapia ou radioterapia», acrescentou Manuel Heitor, dizendo que o objetivo da unidade será o tratamento anual de 700 doentes.
Potenciamento das infraestruturas
A unidade de saúde poderá ficar localizada junto ao Campus Tecnológico e Nuclear do Instituto Superior Técnico em Loures para aproveitar «a maior concentração de técnicos em ciências e tecnologias nucleares».
O objetivo «é reorientar muita dessa capacidade para as terapias oncológicas», aumentando também «a possibilidade de formar mais técnicos» que foi impulsionada pela abertura de mais vagas no ensino superior em Física.
Durante a conferência em Viena, o Ministro vai recolher apoio técnico para o projeto não só por parte da Agência mas também da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN) e da universidade norte-americana do Texas, com a qual reforçou a cooperação científica e tecnológica para as terapias oncológicas.
O projeto implica um investimento de 100 milhões de euros e pode vir a ser suportado simultaneamente por fundos comunitários e por fundos reembolsáveis do Banco Europeu de Investimento.
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