«A quase omnipresença do plástico tem de ser repensada», afirmou o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, na cerimónia de lançamento de uma campanha de sensibilização para a redução de plástico que envolve quatro entidades, sendo uma delas a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, em Lisboa.
O Ministro afirmou que há «muito caminho» para sensibilizar consumidores, indústria e comerciantes, dando como exemplos os restaurantes que oferecem talheres de plástico sem que sejam pedidos, as colheres de plástico que acompanham o café mesmo para quem não usa açúcar, os pacotes de leite terem sempre uma palhinha de plástico agarrada.
«A adoção de práticas em que o plástico seja retirado e deixe de ser abusado o seu uso é muito importante. Todos nós somos confrontados, muitas vezes sem pedir, com o abuso do plástico e isso é uma coisa que tem de ser alterada. Plástico tem origem em combustíveis fosseis e temos que usar menos plástico e fazer um uso que garanta a reciclabilidade», disse Matos Fernandes.
O Ministro recordou que 4% do consumo de petróleo foi usado na fabricação de plástico em 2014, e que será 20% em 2050, afirmando que «continuamos a assistir a uma escalada na produção e consumo do plástico».
Matos Fernandes sublinhou que um saco de plástico demora um segundo a ser produzido, tem 20 minutos de vida útil em média e leva 450 anos a decompor-se.
As quatro campanhas à assinatura de cujos protocolos o Ministro presidiu, são financiadas pelo Fundo Ambiental sob o tema «Repensar os Plásticos na Economia: Desenhar, Usar, Regenerar».
Além da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, concorreram ao aviso do Fundo Ambiental e vão desenvolver projetos a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), a empresa de consultoria em ambiente e sustentabilidade BioRumo, e a empresa de tecnologia de moldes Ernesto São Simão.