O Primeiro-Ministro António Costa destacou a importância do investimento do Estado português na cultura durante a cerimónia que assinalou a aquisição de seis quadros de Maria Helena Vieira da Silva.
Na cerimónia organizada pela Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa, António Costa afirmou que a compra dos quadros se insere na valorização do património cultural nacional e «marca também o resgate de um país que, depois de ter sido resgatado, está a comprar aquilo que é seu».
«É muito importante que percebamos que tão importante como as agendas de rating terem um outro olhar sobre Portugal ou como a Comissão Europeia ter encerrado o Procedimento por Défice Excessivo é hoje podermos voltar a comprar aquilo que é nosso e aquilo que é uma marca intemporal da cultura portuguesa», acrescentou.
O Primeiro-Ministro realçou o esforço da área de governação das Finanças, em especial o trabalho do Secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, que permitiu a compra dos seis quadros a pronto, evitando pagamento de juros e anulando os riscos de os quadros se poderem vir a perder.
António Costa sublinhou também «a essência do trabalho do Governo»: «O equilíbrio das finanças públicas é fundamental para, a partir daí, conseguirmos construir o País que queremos, com um melhor Serviço Nacional de Saúde, com uma melhor escola pública, com melhores infraestruturas e também com um investimento na cultura».
As seis pinturas em causa - "Novembre" (1958), "La Mer" (1961), "Au fur et à mesure" (1965), "L’Esplanade" (1967), "New Amsterdam I" e "New Amsterdam II" (1970) – foram adquiridas em dezembro de 2017 por 5,5 milhões de euros e vão estar expostas no Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva.
«É fundamental que a obra esteja aberta ao público e seja fruída por todos. É assim que se constrói cidadania e é para reforçar a cidadania que adquirimos estas seis obras de Maria Helena Vieira da Silva», referiu o Primeiro-Ministro, que assinalou esta aquisição como um ato de homenagem à fundação e à própria pintora.