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2019-05-20 às 21h54

«Construir uma grande coligação de democratas e progressistas» na Europa

Presidente francês, Emmanuel Macron, e Primeiro-Ministro, António Costa, Paris, 20 maio 2019 (DR)
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que esta «é uma semana decisiva para o nosso futuro», referindo-se às eleições europeias, agendadas para o período de 23 a 26 de maio, em Paris, onde se encontra em visita oficial.

Sublinhando a importância «todos os cidadãos participarem nestas eleições [europeias], que são decisivas» para o futuro da União, o Primeiro-Ministro acrescentou: «Precisamos de construir uma grande coligação de democratas e progressistas», pois «os cidadãos precisam de uma Europa de sucesso».

António Costa disse «como nenhum partido vai ter maioria, e será necessário construir alianças», o que significa que «temos de trabalhar em conjunto na Europa e garantir que, a partir da próxima segunda-feira, entre as diferentes famílias políticas, há capacidade de diálogo que permita uma grande união entre democratas e progressistas na Europa».

«Quando vemos a extrema-direita a construir uma internacional à escala europeia, é tempo de compreender que, independentemente das diferenças entre uns e outros, todos os democratas e progressistas sejam capazes de ter uma visão comum que responda de uma forma positiva aos anseios e necessidades dos cidadãos», disse o Primeiro-Ministro.

No mesmo sentido, o Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou: «Temos de construir, com outros colegas, uma coligação de progresso e futuro para o próximo Parlamento Europeu, mas também para o próximo Executivo europeu para, juntos, construirmos uma nova etapa do nosso projeto», numa declaração, no final de uma reunião com o Primeiro-Ministro.

O Presidente francês disse também: «Nós [França e Portugal] partilhamos uma convicção simples, de que a União faz a força, e temos um projeto de futuro com mais ambição para Europa».

Necessidade de refundar a Europa

O Presidente francês afirmou ainda: «Estamos prestes a atingir uma nova meta do projeto europeu em conjunto. Vemos, em toda a Europa, uma escolha histórica que é posta a todos os nossos cidadãos: se queremos desconstruir a Europa e voltar ao nacionalismo, ou se queremos refundá-la com um projeto ambicioso para o século XXI». 

Afirmando que a aliança entre Portugal e França tem sido «muito frutuosa», António Costa acrescentou que esta parceira «nos tem permitido colocar como prioridade um tema que há três anos e meio só o Governo português e o Governo grego colocavam como prioridade, que era a reforma da zona euro, e que hoje, com o grande impulso do Presidente Macron, é uma das questões centrais».

O Primeiro-Ministro referia-se à proposta de uma capacidade orçamental da zona euro para financiar a competitividade e convergência da União Europeia que vai ser apresentada em junho.