O Primeiro-Ministro António Costa anunciou que o Governo terá como prioridade para o próximo ano a criação de melhor emprego. «A prioridade que definimos para o ano de 2018 é «não apenas mais, mas melhor emprego», ou seja, «emprego digno, salário justo e oportunidades de realização profissional», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na Mensagem de Natal que enviou hoje aos Portugueses através da televisão e da rádio.
O Primeiro-Ministro referiu que Portugal se libertou da austeridade e conquistou a credibilidade e agora «chegou o tempo de vencer os bloqueios ao nosso desenvolvimento» e «o emprego está no centro da nossa capacidade de conquistar o futuro».
Numa mensagem centrada no futuro e na esperança, Costa referiu-se especialmente aos jovens e na necessidade de serem criadas cada vez melhores condições para os jovens «perspetivarem o seu futuro em Portugal. Não um futuro adiado, mas um futuro alicerçado em boas oportunidades de formação e de emprego qualificado, de habitação acessível, numa sociedade dinâmica, aberta ao mundo, que garanta a liberdade de plena realização pessoal».
Luto e solidariedade
Nesta mensagem de balanço de 2017, António Costa começou por recordar que «o ano que agora termina foi dramaticamente marcado pela perda de vidas humanas em incêndios que enlutaram famílias e devastaram uma grande parte do nosso território».
«Não esqueceremos nunca a dor e o sofrimento das pessoas, nem o nível de destruição desta catástrofe», sublinhou o Primeiro-Ministro, acrescentando que «foi uma tragédia para todo o País», «um momento de luto nacional, que sofremos coletivamente».
«Mas não esqueceremos também a coragem, o altruísmo, a entreajuda, a enorme onda de solidariedade que cresceu em todo o País», «a vontade de não desistir, de não abandonar, de reconstruir o que foi destruído, de fazer renascer o que foi devastado», disse ainda António Costa.
O Primeiro-Ministro reiterou perante os portugueses, «o compromisso de fazer tudo o que tem de ser feito para prevenir e evitar, naquilo que é humanamente possível, tragédias como a que vivemos», designadamente «melhorando a prevenção, o alerta, o socorro, a capacidade de combater as chamas» e sobretudo «no que é mais decisivo e estrutural: a revitalização do interior e o reordenamento da floresta».
Crescimento económico
António Costa sublinhou ainda as importantes conquistas na frente económico-financeira: "em 2017 vamos ter o maior crescimento económico desde o início do século», recordando que «as empresas já criaram 242 mil novos postos de trabalho, a pobreza e a desigualdade diminuíram» e o País registou o défice mais baixo da democracia.
«Estes resultados mereceram o reconhecimento internacional, permitindo-nos diminuir o peso da nossa dívida, reduzir os seus custos, libertando recursos para podermos investir responsavelmente na melhoria do nosso sistema de ensino, do serviço nacional de saúde e na modernização do País, afirmou também.
Esperança num futuro sólido e sustentável
«Em todos os momentos difíceis, provámos coletivamente que somos capazes de nos superar e vencermos a adversidade», afirmou António Costa. E concluiu que «perante as dificuldades, os portugueses unem-se, na solidariedade e com determinação. É com essa energia e com essa vontade que contamos em 2018 continuar com mais crescimento, melhor emprego, maior igualdade».
O Primeiro-Ministro deixa, desta forma, uma «mensagem de confiança num futuro melhor» para todos os portugueses.