A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou que a estratégia nacional Saber Fazer Português pretende afirmar a produção artesanal como um setor «dinâmico, inovador e sustentável».
Na
apresentação da estratégia, no Museu de Arte Popular em Lisboa, a Ministra sublinhou que a estratégia está assente em quatro pilares (preservação, educação, capacitação e promoção) e pretende também contribuir ativamente para a riqueza e diversidade do património cultural e para o desenvolvimento económico do país.
A iniciativa da área da Cultura, em articulação com as áreas da Economia e do Trabalho, define e implementa medidas para a salvaguarda e desenvolvimento sustentável da produção artesanal. A aposta nas artes e ofícios promove a identidade própria do saber fazer português, potenciando o seu impacto cultural, social e económico.
Graça Fonseca referiu que «no papel do conhecimento e da preservação, existem muitas unidades produtivas, como a cestaria, que é preciso conhecer, saber onde estão, conhecer a sua dimensão e caracterizar», acrescentando que «há muito trabalho a fazer para registar tecnologias orais, que se transmitem de pessoa para pessoa, de mestre em mestre».
O pilar da educação tem o objetivo de trazer os mais novos para quererem aprender o saber fazer português nas suas diferentes manifestações, enquanto o da capacitação visa apoiar e capacitar os artesãos e as unidades produtivas artesanais através de medidas individuais e sectoriais.
Ainda no que diz respeito à capacitação, a Ministra destacou que «muitas das unidades produtivas que existem têm dificuldades diferentes, não só de passagem de geração em geração, mas de modelo de negócio, de chegar ao mercado, de conseguir vender aquilo que produzem».
Graça Fonseca sublinhou ainda a importância do cruzamento com o turismo e a promoção no mercado internacional para estas unidades produtivas e para as pessoas que trabalham o «saber fazer português».
A estratégia está pensada para o período entre 2019 e 2024.