O Governo inicia um novo ciclo de apoio à floresta com a abertura de concursos regionalizados que atingirão um montante global de 36 milhões de euros. A prioridade é a recuperação de áreas ardidas e a reconversão de áreas de eucalipto de baixa produtividade em áreas de espécies de crescimento lento.
Para o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas, «trata-se de uma mudança de paradigma no apoio à floresta que vai ajudar a equilibrar a distribuição de ajudas pelo território», uma vez que Portugal está a lançar, pela primeira vez, concursos regionalizados.
Miguel João de Freitas explicou que «o concurso decorre em duas fases, abrindo hoje [31 de julho] a primeira delas, com um concurso para o Norte do País, no valor de 10 milhões de euros, e outro para o Centro, no valor de 12 milhões de euros».
«Trata-se de apoiar especificamente as duas regiões do País onde a estrutura da propriedade oferece maiores dificuldades à obtenção deste tipo de apoios, razão pela qual estabelecemos este mecanismo de discriminação positiva, que incide também de forma específica na recuperação do Pinhal Interior, para o qual será obrigatoriamente canalizada uma parte da verba destinada à Região Centro», acrescentou o Secretário de Estado, informando que «este valor corresponde a quatro milhões de euros».
O Governo pretende assegurar a realização dos trabalhos de reflorestação «no tempo adequado, porque é na próxima campanha que se terá a perceção do que vai ser reflorestado com recurso a regeneração natural, sendo necessários apoios para conduzir essa floresta, e o que vai ser reflorestado com recurso a plantação», concluiu o Secretário de Estado.
O concurso estará aberto até 12 de outubro. Numa segunda fase serão colocados a concurso mais 14 milhões de euros para as regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.