O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, anunciou que o Governo vai constituir a Empresa Pública de Desenvolvimento e Gestão Florestal.
Na Assembleia da República, em Lisboa, o Ministro
referiu que o objetivo fundamental será «demonstrar como é possível gerir de forma rentável a floresta, particularmente nas zonas de minifúndio».
A empresa está em fase final de organização, vai entrar em funcionamento dentro de semanas em Figueiró dos Vinhos e «visa demonstrar como pode ser profissionalmente gerida a floresta, como pode dar rendimento e como se pode prevenir os incêndios».
O Ministro acrescentou que a empresa também vai procurar identificar os prédios rústicos.
Apoios a agricultores
Capoulas Santos disse ainda que foi concluído «há poucos dias o pagamento integral dos apoios a 23746 agricultores» afetados pelos incêndios, num montante superior a 62 milhões de euros.
«Estão em pagamento, contra a apresentação dos respetivos comprovativos, outros cerca de 30 milhões», acrescentou, referindo que 25 são de fundos comunitários (Programa de Desenvolvimento Rural 2020) e 5,5 milhões para apoio à recuperação das vinhas ardidas, o que perfaz um apoio público superior a 92 milhões de euros.
O Ministro destacou também que os contratos, envolvendo autarquias e outras organizações e empresas da fileira florestal, que permitiram a criação de 26 parques de receção e armazenamento de madeira queimada foram assinados no início da segunda quinzena de março.
O Ministro da Administração Interna também esteve presente no debate sobre o relatório da comissão técnica independente sobre os incêndios de outubro de 2017 e anunciou o
reforço dos meios de combate aos fogos.