O primeiro conservatório público de música do sul foi inaugurado pelo Primeiro-Ministro António Costa e pelo Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, em Loulé.
O Primeiro-Ministro afirmou que o papel da escola «não é só ensinar a ler, a fazer contas, onde nascem os rios ou como se formam os fenómenos geológicos», sendo e a sua função fundamental criar cidadãos livres.
António Costa sublinhou que a maioria dos alunos que frequentam o sistema de ensino vão exercer profissões «que não foram sequer ainda inventadas», pelo que a escola deve criar condições para que continuem a aprender durante toda a vida.
«Uma escola que forme simplesmente para as profissões que já foram criadas no passado é uma escola que não cumpre a sua função para o futuro», afirmou.
Diversificar a oferta educativa
Por outro lado, «a universidade não é a única saída possível, nem o único percurso necessário para quem quer prosseguir a sua vida e, por isso, a diversificação daquilo que é a oferta educativa é da maior importância».
António Costa contou que, em 1971, enquanto aluno, participou na primeira experiência de ensino artístico integrado que houve em Portugal e com ela aprendeu a «saber sentir», o que é decisivo.
O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, sublinhou que a música e o ensino artístico são «absolutamente essenciais» no panorama educativo.
O Conservatório de Música de Loulé é o primeiro conservatório público de música a sul de Lisboa, tendo capacidade para 400 alunos nos regimes de ensino articulado e supletivo.
Instalado no Solar da Música, um edifício do século XVIII agora reabilitado, o Conservatório resulta da cooperação entre o Ministério da Educação e o município de Loulé, que investiu 2,8 milhões de euros na sua criação.
O Ministério da Educação é responsável pela colocação de professores e pela articulação entre as escolas da região e o Conservatório de Música de Loulé.