O Ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que as intervenções no litoral do País, com o objetivo de reduzir a erosão costeira, «nunca vão estar concluídas», sendo esta «uma tarefa que não vai ter fim».
Estas declarações foram feitas na assinatura de um protocolo na Figueira da Foz que prevê mitigar os efeitos da erosão costeira a sul da barra, com a deposição de três milhões de metros cúbicos de areia para essa zona do concelho.
O plano para esta zona consiste em retirar a areia à entrada das embarcações no porto, permitindo canalizá-la para onde ela é necessária, sendo esta «uma estratégia que tem que se manter no futuro», alertou João Pedro Matos Fernandes.
«Estes processos têm de utilizar métodos de engenharia natural por intervirem em ecossistemas tão frágeis e ricos, como qualquer ecossistema fronteira», acrescentou o Ministro.
Reduzir o impacto das alterações climáticas
«Esta é uma história que não acaba», sublinhou João Pedro Matos Fernandes, referindo «a especial necessidade destas intervenções no centro e norte de Portugal, onde se assiste a um recuo médio da linha de costa de sete metros por ano, face às alterações climáticas».
O Ministro afirmou que «é preciso colocar areia onde ela faz falta, reconstruir dunas e saturar com areia junto à costa. Caso contrário, destrói-se, não só o meio ambiental, mas também o económico».
Atualmente, o Governo dispõe de 142 milhões de euros para investir no litoral, com 112 milhões de intervenções lideradas pela Agência Portuguesa do Ambiente e por autarquias, e outros 30 milhões de euros através do Programa Polis.
Até outubro de 2019, a esta verba acrescerão mais 40 milhões de euros, sendo uma fatia importante desse valor (19 milhões de euros) investida na Figueira da Foz.