A sexta força nacional destacada na Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, composta por 180 militares, partiu de Lisboa para render o quinto contingente que regressou a Portugal no mesmo dia, após seis meses de missão.
O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que «a nossa presença na República Centro-Africana continua a ser um contributo importantíssimo para a estabilidade regional do centro e norte de África».
«Portugal continua comprometido com esse objetivo, e por isso temos mantido uma participação regular nas missões das Nações Unidas e da União Europeia» na República Centro-Africana, um país charneira na região.
O contributo de Portugal «teve, aliás, reconhecimento na condecoração, pela ONU, dos militares portugueses» da anterior força.
A força maioritariamente composta por paraquedistas, integra militares do Exército e da Força Aérea, estrutura-se com um Comando e Estado-Maior, incluindo uma equipa de mini veículos aéreos não-tripulados, um destacamento de apoio, uma companhia de paraquedistas, uma equipa de controlo aéreo tático, e quatro viaturas blindadas de rodas Pandur. Inclui 11 mulheres.
Os mini veículos aéreos não-tripulados serão utilizados pela primeira vez nesta missão, permitindo um conhecimento superior do terreno e da situação, maior capacidade de planeamento, e um maior nível de proteção.
Compromisso com a paz
João Gomes Cravinho afirmou que «melhorar as condições da missão e balizar o nosso contributo têm sido e continuarão a ser prioridades para o Ministro da Defesa», acrescentando que «este contingente que terá, portanto, melhores condições do que os contingentes anteriores».
O Ministro disse ainda que a presença deste contingente na República Centro Africana «irá continuar o compromisso que Portugal mantém com a paz internacional, irá reforçar o contributo insubstituível que as Forças Armadas dão para o prestígio da nossa política externa, e irá mais uma vez demonstrar a qualidade superior das mulheres e homens militares que carregam as cores de Portugal».
Deixando votos de uma missão «de pleno sucesso, animada pelo lema dos paraquedistas – Que nunca por vencidos se conheçam» – Gomes Cravinho frisou que o País confia a conta com a «coragem, abnegação, espírito de dever e de bem servir, característico de todos os militares, para prestigiar Portugal e contribuir para a estabilização de uma região estrategicamente central à nossa segurança».
O Ministro dirigiu ainda uma palavra de apreço às famílias, afirmando que elas são o «apoio imprescindível para o sucesso de todas as missões das Forças Armadas». «Quero que saibam que tudo faremos para que cada um destes militares regresse são e salvo para os seus lares e para a vossa companhia», concluiu.