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2019-06-07 às 16h40

Parceria Portugal-Espanha reforça a infraestrutura de supercomputação

Supercomputador do Centro de Supercomputação de Barcelona
A Comissão Europeia anunciou, em Bruxelas, os vencedores do concurso da iniciativa Computação Europeia de Alto Desempenho (EuroHPC- European High Performance Computing) que pretende reforçar significativamente a capacidade Europeia neste fundamental recurso digital de apoio à investigação científica e tecnológica.

Portugal e Espanha foram dois dos países vencedores do concurso que visa a instalação, em ambos os países, de infraestruturas de supercomputação, o que permitirá reforçar a Rede Ibérica de Computação Avançada (RICA) e a capacidade europeia neste domínio.

Durante o primeiro semestre deste ano, os dois países desenvolveram estratégias concertadas tendo em vista:

  • a instalação de um supercomputador do tipo pre-exascale no Centro de Supercomputação de Barcelona (BSC/CNS), cuja participação portuguesa representa cerca de 10% do respetivo consórcio que também inclui a Turquia e a Croácia e é apoiado pela Irlanda.
  • a instalação no Centro de Supercomputação Avançada do Minho (Minho Advanced Supercomputing Center) de um outro supercomputador do tipo petascale, numa candidatura apoiada pelo BSC/CNS.

Ambas as candidaturas foram vencedoras, segundo o anúncio feito pela Comissão Europeia, que também divulgou as demais propostas aprovadas que irão reforçar significativamente a capacidade Europeia neste fundamental recurso digital de apoio à investigação científica e tecnológica.

O supercomputador petascale, a ser instalado em Portugal, tem uma capacidade de 10 petaflops (20x1015 operações de virgula flutuante por segundo), o que representa um aumento de cerca de 40 vezes sobre a atual capacidade de calculo do maior supercomputador português, que se encontra instalado no MACC no âmbito de uma parceria com o Centro de Computação Avançada do Texas (Texas Advanced Computing Centre), da Universidade do Texas em Austin. 

Ao nível da capacidade de memória e armazenamento dados, este novo supercomputador terá 266 TBytes e 10 PBytes respetivamente, dispondo assim de recursos essenciais ao suporte de operações avançadas de análise de dados e inteligência artificial. 

Este resultado, extremamente positivo, vem criar grandes oportunidades para as comunidades científicas de Portugal e de Espanha, não só para especialistas em supercomputação, mas também para um crescente grupo de áreas de investigação aplicada com crescentes necessidades de processamento digital de informação, entres as quais se destacam a medicina, terra e espaço, física e mobilidade. 

Este aumento significativo do poder de computação disponível, irá permitir a toda a comunidade do sistema científico e tecnológico nacional um acesso mais facilitado a este tipo de equipamentos, essenciais para trabalhos no domínio do cálculo intensivo, da ciência de dados e da inteligência artificial. 

Estes poderosos equipamentos representarão também uma oportunidade única para o tecido empresarial, permitindo elevar significativamente a sua capacidade de conceção, otimização e validação de novos produtos e serviços, abrindo importantes vias de criação de valor acrescentado para a economia Portuguesa. 

Este resultado potencia também o reforço da integração de Portugal e de Espanha em diferentes redes e consórcios europeus, envolvidos no desenvolvimento e na utilização destas tecnologias.

A operacionalização destas máquinas, a ter lugar até 2023, consubstanciará de forma robusta a consolidação da Rede Ibérica de Computação Avançada, e a sua afirmação nos contextos europeu e mundial.