O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que o Programa Internacionalizar vai permitir ao Governo «coordenar todos os serviços e departamentos do Estado com relevância para a internacionalização da economia portuguesa, fazendo convergir as suas iniciativas e estabelecendo prazos claros de execução de medidas».
Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, Augusto Santos Silva referiu que as exportações já passaram a marca dos 40% na riqueza que Portugal gera anualmente e que agora o objetivo «é criar as condições para que na próxima década se possa ultrapassar a barreira dos 50%».
«Por outro lado, temos aumentado consistentemente a atração do investimento direto estrangeiro em Portugal e trata-se de prosseguir esse caminho», acrescentou.
O Ministro realçou ainda que «o processo de internacionalização das empresas portuguesas passa também, cada vez mais, por investimento português no estrangeiro e é obrigação de todos apoiar as empresas neste esforço».
Seis eixos de intervenção
O comunicado do Conselho de Ministros refere que o programa é composto por seis eixos de intervenção: análise de mercados e negócios, qualificação de recursos humanos e do território, financiamento, apoio no acesso aos mercados e ao investimento em Portugal, desenvolvimento da marca Portugal e política comercial e custos de contexto.
As medidas de execução do programa estão calendarizadas entre os últimos trimestres de 2017 e 2019 e têm como objetivos gerais o aumento das exportações de bens e serviços, assim como o número de exportadores, a promoção da diversificação dos mercados de exportação, o incremento dos níveis de investimento, o aumento do valor acrescentado nacional e a promoção de uma maior e melhor articulação entre os vários agentes envolvidos nos processos de internacionalização da economia portuguesa.
O Programa envolve o contributo de todas as áreas governativas com relevância para a economia, sob coordenação política dos Negócios Estrangeiros.
«A coordenação técnica do Programa será feita pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), sendo a execução acompanhada pelo Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia», pode ler-se no comunicado.