O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, afirmou que o Salário Mínimo Nacional deve continuar «a ter uma política de evolução que vá ao encontro dos grandes objetivos de melhorar o bem-estar e diminuir as desigualdades, sempre sem pôr em causa os fundamentos da economia portuguesa».
Na apresentação de um
estudo sobre os 45 anos do Salário Mínimo Nacional, Vieira da Silva destacou que a experiência mostra que esta evolução «pode continuar com cautela, com ponderação, e também com ambição».
O Ministro realçou também a possibilidade de as próximas negociações poderem ser mais amplas e contemplarem a inclusão de outros salários. «O que outros países fazem é fixar um objetivo a médio prazo para a evolução dos rendimentos e depois há uma monitorização anual para ver se é necessário haver alguma correção», acrescentou.
«Haveria uma enorme vantagem de combinar a evolução do salário mínimo com acordos salariais de âmbito muito mais vasto», disse, referindo que com o modelo atual pode haver «riscos efetivos de fratura do ponto de vista dos comportamentos da formação dos rendimentos».