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2019-09-16 às 15h51

Substituição da arma G3 é um «imperativo de modernização»

Primeiro-Ministro, António Costa, e Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, na apresentação da nova arma ligeira do Exército Português, Mafra, 16 setembro 2019 (Foto: António Pedro Santos/LUSA)
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que substituição da arma ligeira G3 no Exército português é um «imperativo de modernização».

Durante a apresentação na nova arma SCAR, em Mafra, António Costa referiu que este «é um investimento muito significativo, mas crucial para a modernização do Exército e das Forças Armadas».

«A conflitualidade e as características dos teatros de operações exigem que os militares estejam equipados com armamento leve, simples, com grande cadência de tiro, ao mesmo tempo, robusto e com grande previsão às próximas e médias distâncias», disse o Primeiro-Ministro a propósito deste novo equipamento, com utilização prevista para 2020.

Primeiras armas serão entregues já em outubro

António Costa recordou ainda, durante a sua intervenção, que o processo de substituição das armas no Exército português já se arrastava há várias décadas e que a entrega das novas SCAR será feita, agora, de forma faseada.

O Primeiro-Ministro adiantou que das 15 mil armas - adquiridas através da agência de compras da NATO - as primeiras SCAR serão entregues ao Exército já em outubro e as últimas em 2023.

A espingarda automática ligeira SCAR (Special Operations Forces Combat Assault Rifle) é considerada uma das mais modernas armas da atualidade, por apresentar maior rapidez, precisão, versatilidade e alcance nas operações. É também uma arma de manuseamento simples. Pesa  3,7 quilogramas, sendo por isso mais leve do que a G3 (4,4 quilogramas), o que permite aos militares transportarem maior quantidade de munições.

Primeiro-Ministro destaca papel das Forças Armadas

António Costa destacou também, durante a sua intervenção, o contributo das Forças Armadas para o «prestígio e credibilidade internacionais de Portugal» no âmbito da componente externa da Defesa.

«Os termos em que negociámos a participação de Portugal na cooperação permanente com a NATO não seriam os mesmos se não tivessem sido acompanhados do reforço da participação nacional nas missões de paz das Nações Unidas e da União Europeia, com destaque para a força na República Centro-Africana, Afeganistão e outras missões internacionais», disse ainda. 

O esforço dos militares portugueses no combate e prevenção dos incêndios florestais foi outro dos aspetos evidenciados pelo Primeiro-Ministro. 

O Ministro da Defesa Nacional, por sua vez, assinalou o «longo processo há muito esperado» para a aquisição de uma nova arma.

João Gomes Cravinho referiu também que a nova SCAR é «mais capaz e mais adequada», contribuindo assim para a «modernização do Exército» e a «adequação das Forças Armadas às novas missões».

No quadro da execução da nova Lei de Programação Militar estão previstos mais de 4,7 mil milhões de euros para vários programas de aquisição de equipamento militar, como aeronaves de transporte tático e estratégico, reforço da capacidade de patrulhamento marítimo e aquisição de equipamento individual dos militares.