O Dia Internacional da Proteção Civil celebra-se anualmente, a 1 de março, a fim de alertar e sensibilizar para a importância da proteção civil na salvaguarda da vida humana, da propriedade e do património cultural e ambiental, face à ocorrência de acidentes graves e catástrofes, e de prestar tributo a todos os seus agentes.
Muitos dos desafios que hoje pendem sobre as nossas sociedades são de enorme complexidade – como fenómenos atmosféricos extremos e inopinados, a gestão da pandemia provocada pela Covid-19, as situações de conflito armado que vão eclodindo por todo o mundo, agora com particular enfoque na Ucrânia – e obrigam-nos a olhar para o que nos rodeia de forma diferente.
O que demos como garantido durante décadas já se desvaneceu ou está em profunda alteração.
As alterações climáticas, o peso da excessiva urbanização, as clivagens entre as diferentes regiões no desenvolvimento social e humano, a pobreza extrema, os movimentos migratórios e as ameaças cibernéticas, são apenas alguns dos riscos que estão a mudar as nossas vidas.
Aos poucos, os países até aqui considerados seguros e imunes aos eventos que iam ceifando vidas pelo resto do mundo viram o cenário alterar-se drasticamente, deitando por terra o sentimento de segurança com que se tinham habituado a viver.
Neste contexto, a proteção civil assume-se, cada vez mais, como uma área fundamental e prioritária e como um dos mais importantes instrumentos do Estado para a resposta a eventos de grande dimensão e proteção das comunidades.
Celebrar o dia da Proteção Civil significa a renovação de um compromisso com formas justas de transição climática, com a proteção dos nossos ecossistemas vitais, com a defesa das nossas comunidades das catástrofes naturais ou provocadas, com o equilíbrio dos nossos territórios, com a proteção do nosso património natural e histórico, em suma: com a proteção da vida.
E é em linha com esse compromisso que o Governo e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil convocam as Autarquias Locais, os agentes de proteção civil e os cidadãos para, unidos e em sintonia, continuarmos a transformar Portugal num país cada vez mais seguro e resiliente.