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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Comunicados

2021-09-04 às 10h02

Ministra da Cultura lamenta morte do ator, cenógrafo e figurinista Igor Sampaio

A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, manifesta o seu mais profundo pesar pela morte de Igor Sampaio (1944-2021), dedicado ator, cenógrafo e figurinista, com uma presença assídua e versátil nos palcos dos teatros e na ficção televisiva. 
 
Igor Sampaio era o nome artístico de João Luís Duarte Ferreira, que nasceu na ilha de S. Miguel, em Ponta Delgada, nos últimos dias do ano de 1944. Estreou-se profissionalmente em 1967, trabalhou como assistente de cenografia no Teatro Monumental e, desde então, assinou figurinos e cenários em diversos espetáculos na Casa da Comédia paralelamente ao seu papel de intérprete. Desse percurso fazem parte, entre outras, peças como «A cabeça do Baptista», «Sacrilégio», «Laço de Sangue», «As cem moedas de oiro» ou «O rapto das cebolinhas». 
 
Mais tarde, na década de 70, participaria em diversos elencos de teatro de revista, de que se destacam peças como «O bombo da Festa» ou «Rei capitão soldado ladrão».  Mas o seu percurso artístico passou também pelo Teatro Nacional D. Maria II (fez parte do elenco residente entre 1979 e 2001), Teatro Aberto, Teatro da Trindade e, nos últimos anos, pel’A Comuna, onde, dirigido por João Mota, interpretou obras como «Os apontamentos de Trigorin» (2018) ou "«s artimanhas de Scapin» (2020).
 
Além dessa eclética experiência em palcos, onde revisitou clássicos e contemporâneos, Igor Sampaio era pintor, fez parte do grupo de bailados «Verde Gaio» e tinha uma presença regular em contextos televisivos, nomeadamente em telenovelas e séries. «A banqueira do povo», «Vidas de sal», «Ballet Rose», «Lusitana Paixão» ou «Velhos amigos» são alguns dos trabalhos em que participou na RTP, tendo também integrado formatos na SIC e TVI, como, por exemplo, «Laços de família», «Perfeito coração», «Equador», «Morangos com Açúcar» ou «Mulheres», telenovela atualmente em exibição. 
 
Igor Sampaio foi um exemplo, discreto, de dedicação incondicional à arte, ao palco e ao público, num trajeto profissional que se pautou, nos vários contextos em que trabalhou, pela busca apaixonada do espanto, do riso, da inquietação, da superação, daquela verdade natural que qualquer ator persegue. 
Áreas:
Cultura