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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Comunicados

2022-03-15 às 17h42

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lamenta morte de Jorge Silva Melo

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lamenta profundamente a morte de Jorge Silva Melo, considerado um dos fundadores do teatro contemporâneo nacional, e que desapareceu esta segunda-feira, aos 73 anos. 

Jorge Silva Melo fundou o Teatro da Cornucópia e a companhia Artistas Unidos, que dirigia atualmente, e preparava a peça «Vida de Artistas», de Noël Coward, no Teatro Municipal São Luiz.

Foi encenador, ator, cineasta, escritor, crítico, dramaturgo, editor, tradutor, cronista, documentarista, deixando uma marca permanente na Cultura portuguesa. 

Frequentou a licenciatura em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo abandonado o curso para viajar para o Reino Unido, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, onde frequentou a London Film School e formou-se em Realização. Também como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian estagiou em Berlim, junto de Peter Stein, e em Milão, junto de Giorgio Strehler.

Jorge Silva Melo foi assistente de realização e diretor de produção de filmes de João César Monteiro, Paulo Rocha, António-Pedro Vasconcelos e Alberto Seixas Santos. 

Realizou nove filmes, escreveu várias peças de teatro, traduziu obras de autores como Oscar Wilde, Bertolt Brecht, Pier Paolo Pasolini, entre outros, e destacou-se como cronista de cinema no suplemento Juvenil do Diário de Lisboa, na revista O Tempo e o Modo e no suplemento literário Mil Folhas do jornal PÚBLICO.

Em 2004 recebeu o grau de Comendador da Ordem da Liberdade, em 2021 a Medalha de mérito cultural e um doutoramento 'honoris causa' pela Universidade de Lisboa e em 2020 recebeu o Prémio D. Diniz da Casa de Mateus pelo livro de memórias «A mesa está posta».
Tags: arte