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«Foi por isso que, ao longo destes meses, fomos alterando as medidas e criando novas medidas em função das necessidades», disse Pedro Siza Vieira, no final da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, em Lisboa.
O Ministro disse também que «se não tivermos um Orçamento do Estado (OE) adequado às circunstâncias em que estamos, seguramente estaremos sempre pior preparados para responder às necessidades que a conjuntura económica e social nos crie».
Pedro Siza Vieira referiu-se ainda ao OE para 2021 proposto pelo Governo como «preocupado em proteger os rendimentos das famílias e dar respostas sociais inovadoras de reforço dos serviços públicos, para melhor capacitar o nosso serviço de saúde e as nossas respostas sociais», estimulando a procura e o consumo interno.
Salário mínimo nacional
Relativamente ao aumento do salário mínimo nacional, o Ministro disse que o Governo quer manter a trajetória definida no início da legislatura e assim atingir aos 750 euros em 2023:
«Entendemos que o salário mínimo nacional é importante, não apenas do ponto de vista de dignificação do trabalho mas também no sentido de conseguirmos apoiar o crescimento da procura interna. Quando olhamos para as projeções do próximo ano detetamos que vão estar muito deprimidas as exportações, quer de bem quer de serviços e, nesse sentido, é importante nós podermos assegurar o crescimento» do consumo privado, afirmou o Ministro.
Pedro Siza Vieira explicou, porém, que este aumento não estará em linha com o do ano passado e que o Governo reconhece que esta medida poderá «representar um esforço para alguns setores que estão mais expostos à procura externa e à concorrência internacional», estando, para o efeito, disponível para continuar a dar apoios ao emprego.
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