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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2021-05-17 às 11h31

Articulação entre as redes rodoviária e ferroviária é fundamental

Investimentos em infraestruturas no Plano de Recuperação e Resiliência
Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na apresentação da componente de infraestruturas do PRR, Almada, 17 maio 2021 (foto: João Relvas/Lusa)
O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que a articulação entre a rede rodoviária e ferroviária é fundamental, durante a apresentação das componentes do Plano de Recuperação e Resiliência e do quadro financeiro plurianual destinadas às Infraestruturas, com investimentos previstos de 520 milhões de euros na rodovia.

«É óbvio e evidente que a rodovia hoje funciona também como uma infraestrutura que complementa o investimento ferroviário que estamos fazendo», disse, acrescentando que «esta articulação é fundamental, ela funciona bem».

Pedro Nuno Santos precisou que o Governo decidiu utilizar o PRR para os investimentos necessários na ferrovia e concentrar os investimentos rodoviários no quadro financeiro plurianual de financiamento comunitário, referindo que «foi uma forma de otimizarmos o investimento nas duas áreas». 

O Ministro afirmou que a atribuição de dinheiros a estradas, «mesmo no quadro do PRR, implicou uma grande luta por parte do Ministro do Planeamento e do Senhor Primeiro-Ministro», pois a União Europeia não compreendia a sua necessidade.

O Ministro salientou que a rede rodoviária complementar ainda não está totalmente concluída, apesar do grande investimento feito ao longo dos anos na rodovia fundamental.

A melhoria da rede complementar de estradas é importante para as economias locais, para a ligação entre a ferrovia e os portos, bem como para a melhoria ambiental e da qualidade de vida, lembrando que há várias cidades do País que são ainda atravessadas por tráfego rodoviário pesado, referiu.

«O que propomos não é uma expansão significativa da rede rodoviária nacional nem do tráfego», disse, acrescentado que «pretendemos, sim, uma melhor gestão da rede rodoviária fechando a malha, retirando veículos das zonas urbanas».

520 milhões

O presidente da IP, António Laranjo, apresentou o plano de investimentos rodoviários, de 520 milhões de euros, em projetos de investimento com dispersão geográfica muito abrangente, com caráter estratégico, mas de âmbito quase cirúrgico.

Do total previsto, 313 milhões destinam-se a investimentos em ligações em falta e ao aumento de capacidade da rede, 65 milhões para ligações transfronteiriças e 142 milhões para vias de áreas de acolhimento empresarial e acessibilidades rodoviárias.

A componente de infraestruturas do PRR prevê a partilha de investimentos entre a empresas pública Infraestruturas de Portugal e as autarquias. Todavia, o Plano não prevê cinco intervenções necessárias e já previstas: IC35 (Sever do Vouga-IP5), a ligação ao IP3 dos concelhos do corredor sul, IC31 (Castelo Branco-Monfortinho), EN341 (Alfarelos-Taveiro) e IC6 (Tábua-Folhadosa), que serão executados com financiamento já aprovado pelo Governo.

A sessão foi presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa, que a encerrou, e teve a presença do Ministro do Planeamento, Nelson de Souza.