O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou que a autonomia educativa das escolas será fundamental para recuperar as aprendizagens afetadas pelo ensino à distância durante o período da pandemia.
«Confiamos nas escolas e por nela confiarmos fizemos as escolhas que fizemos. Escolhemos a autonomia educativa, o cuidar da transição entre ciclos e o equilíbrio das diferentes componentes do bem-estar dos nossos alunos», destacou.
Na Assembleia da República, num debate requerido pelo PCP sobre a preparação do ano letivo 2021/2022, o Ministro salientou também a importância do Plano 21|23 Escola+,
apresentado a 1 de junho, na aposta do Governo, uma vez que aglutina um conjunto de orientações para recuperar das consequências da pandemia da Covid-19 no ensino.
Brandão Rodrigues reiterou que o plano prevê um investimento de 900 milhões de euros e congrega três prioridades: ensinar e aprender; apoiar as comunidades educativas; e conhecer e avaliar.
«Criamos, com este plano participado, e criaremos com a sua implementação colaborativa, um espaço e tempo ampliados e fortalecidos para apoiar, com base na maior flexibilidade e intensidade, os anos de escolaridade mais afetados pela pandemia», acrescentou.
Antes da aprovação final do documento, o Governo vai ouvir todos os diretores de agrupamentos e escolas não agrupadas, o Conselho Nacional de Educação e o Conselho das Escolas.
O Ministro afirmou ainda que os profissionais na área são «artífices primeiros e fundamentais da resposta presente que a Educação deu e ainda dá» e «estão a construir um próximo ano letivo que será, ainda que não exatamente o que toda a gente deseja que seja, um ano matricial na recuperação das aprendizagens e na resiliência do ensino».