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2021-04-26 às 17h19

Educação está a preparar plano de recuperação de aprendizagens para arrancar em maio

O Primeiro-Ministro António Costa presidiu à inauguração das obras de requalificação da Escola Básica e Secundária Muralhas do Minho, em Valença, onde afirmou que, na contenção da pandemia, «não houve maior dano do que o que infligimos aos alunos das escolas, porque apesar do esforço extraordinário dos professores, nada substitui o ensino presencial. Os custos no processo de aprendizagem, no desenvolvimento psicopedagógico e motor das crianças e dos jovens, ainda levaremos muito tempo a conhecê-los».

Por isso, o Ministro da Educação «está a preparar um plano de recuperação de aprendizagens com que temos de arrancar em maio, para começar a recuperar o que foi perdido. A escola é sobretudo um local de aprendizagem de vida em sociedade e de preparação para a sociedade do futuro, que requer cada vez mais um conhecimento de banda mais larga, juntando também o ensino artístico, a prática desportiva, desenvolva a educação cívica e o ensino experimental», disse.

«O futuro vai exigir, de cada um, muito mais do que aprendeu nas escolas. O mais importante é os alunos saírem da escola com uma capacidade ilimitada de continuarem a aprender. Segundo a Comissão Europeia, 20% das profissões do futuro, ainda não sabemos quais vão ser», referiu. 

Assim, «o que temos de entregar à geração que está a ser formada é a capacidade de aprender, para poder desempenhar as novas profissões que hão-de emergir ao longo da sua vida».

António Costa disse que o grande fator de atração do investimento que se tem instalado no Minho criando emprego mais qualificado «não são os baixos salários, é a qualidade dos recursos humanos que o nosso sistema educativo tem gerado».

«Hoje temos a geração mais qualificada de sempre, mas a nossa ambição é virmos a ter, no futuro, gerações ainda mais qualificadas do que a atual», disse ainda.

Controlar a pandemia sem matar a economia

O Primeiro-Ministro afirmou que «as inaugurações da eletrificação da linha do Minho e da requalificação da escola correspondem a uma linha política» de aumento do investimento público, «porque, ao mesmo tempo que temos de controlar a pandemia, não podemos matar a economia, ou deixar descontrolar o desemprego».

Referindo que que «ao longo deste ano foram pedidos muitos sacrifícios» aos portugueses para controlar a pandemia, afirmou que embora seja gratificante «termos os melhores números a nível europeu», «todos aprendemos a precariedade desta realidade» e sabemos que «se nos relaxarmos, podemos voltar a estar outra vez pior».

Para abrir e manter abertas todas as atividades da sociedade «vamos ter de manter» a disciplina da máscara, da higiene, do distanciamento, «mesmo depois das duas doses da vacina, porque não sabemos ainda se depois de concluída a vacinação, não haverá ainda o risco de transmissão». 

Contudo, «sabemos que quem está vacinado, ainda que venha a ser contaminado, terá a doença com menor gravidade do que se não tivesse sido vacinado», disse.