Os dados hoje divulgados pelo INE evidenciam que, no segundo trimestre de 2021, Portugal conseguiu atingir a população empregada mais elevada desde 2011, o que mostra a capacidade coletiva de resposta à crise provocada pela pandemia por Covid-19.
Este esforço foi possível graças a um conjunto alargado de apoios criados pelo Governo para assegurar a manutenção do emprego. Os apoios ao emprego abrangeram mais de 128 mil empresas e um milhão de trabalhadores e já ultrapassaram os 3 000 milhões de euros (incluindo isenções e reduções contributivas).
Os dados relativos ao emprego mostram que o mercado de trabalho regressou a níveis pré-pandemia, tendo atingido um total de 4,81 milhões de pessoas empregadas, o valor mais alto da última década.
Por outro lado, a taxa de desemprego, que se fixou em 6,7% (uma queda de 0,4 pontos percentuais face ao primeiro trimestre), está abaixo do registado no último trimestre completo antes da pandemia (6,9%, no 4.º trimestre de 2019).
De igual forma, a população desempregada é agora de 345,7 mil pessoas, sendo também inferior à que se registou no 4.º trimestre de 2019 (352 mil pessoas).
A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou que «estes números mostram, uma vez mais, que os apoios extraordinários que foram criados para apoiar as empresas e o rendimento dos trabalhadores foram fundamentais para preservar o emprego durante a crise provocada pela pandemia».
O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, afirmou que se trata de «números impressionantes», destacando que «o setor dos serviços o mais afetado pela pandemia, criou, só por si, mais de 100 mil empregos», dos quais 25 mil alojamento, restauração e similares.
Siza Vieira, num vídeo gravado, acrescentou que estes números são «um sinal de vitalidade da economia».