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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2020-04-15 às 10h28

#EstudoEmCasa começa dia 20 na RTP Memória

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na apresentação da emissão #EstudoEmCasa – A escola na televisão, Lisboa, 15 abril 2020 (Foto: Paulo Vaz Henriques)
 Primeiro-Ministro António Costa e o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, presidiram à apresentação da emissão #EstudoEmCasa – A escola na televisão, que começa a ser difundido no dia 20 de abril na RTP Memória.

«Esta oferta é complementar e não substitui o trabalho que os professores vão continuar a fazer» através dos outros meios, como já fizeram ao desde que o Governo suspendeu as aulas presenciais, disse o Primeiro-Ministro na visita às instalações da televisão pública, em Lisboa.

O Primeiro-Ministro sublinhou que «os professores, as famílias e os alunos fizeram um esforço extraordinário para se adaptarem a esta nova realidade»: «Nas duas semanas anteriores às férias da Páscoa houve uma capacidade extraordinária de reinventar a forma de a escola continuar, apesar de a escola estar fisicamente fechada».

António Costa sublinhou que «os professores aprenderam a trabalhar com ferramentas digitais, conseguiram manter-se em contacto com os alunos através dos meios digitais, do telemóvel ou do correio – não abandonaram os seus alunos! –, e os alunos mantiveram-se ligados à escola».

Oferta para todos

Todavia, «há alunos que não têm acesso a plataformas digitais, pelo que era preciso uma nova oferta que chegasse mesmo a todos. Por isso, criámos o #EstudoEmCasa através da RTP Memória», «uma escola com os conteúdos e as tecnologias de hoje que chega a casa de cada um para complementar o trabalho com os professores e ser mais acessível a quem não tem ferramentas digitais».

O Primeiro-Ministro lembrou que o Governo assumiu «o compromisso de, no início do próximo ano letivo ter assegurada a universalidade do acesso digital, de rede, equipamentos, conteúdos, para que todos, estejam em que ano estejam vivam onde vivam, tenham acesso aos mesmos conteúdos digitais».

Quando lutamos pela sobrevivência, «não podemos perder o resto das nossas vidas e isso passa por continuar a fazer este trabalho na educação, porque é com ela que conseguimos construir o futuro», disse.

Complementar trabalho dos professores

O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou que se trata de «através da televisão, educar, ensinar cada vez melhor os alunos, complementado com o trabalho inexcedível dos professores», através de um «recurso que está especialmente direcionado para os alunos que não têm meios telemáticos, que, infelizmente, ainda existem».

A escolha do canal RTP Memória foi feita porque «era relevante que tivéssemos um canal acessível a todos, fosse na fibra ótica, fosse por satélite, ou por televisão digital terrestre, porque em muitas casas as televisões não têm a funcionalidade de voltar para trás, e era importante apresentar todos os conteúdos sincronamente».

Por outro lado, através deste modelo, «as famílias que têm mais de um filho e não têm várias televisões, têm a possibilidade de ter a grelha continuada para que todos possam seguir todos os conteúdos».

Conteúdos pedagógicos temáticos

«Mais do que aulas, estes conteúdos são blocos pedagógicos temáticos, de largo espectro, porque é impossível acertar no ponto exato da matéria em que estava cada um dos professores em cada um dos 812 agrupamentos de escolas», disse.

Os conteúdos «estão acompanhados de um guião que estará disponível para todos os professores poderem complementar o trabalho dos alunos que não têm acesso aos meios telemáticos», afirmou ainda o Ministro.

Na grelha de programação, concebida para os alunos do ensino básico, os conteúdos pedagógicos temáticos passarão ao longo das cerca de 8 horas de emissão diárias. Estes conteúdos – que começam a ser transmitidos a 20 de abril – vão também ficar disponíveis em várias plataformas online da RTP e numa App, e ainda no Youtube.

O Primeiro-Ministro e o Ministro da Educação agradeceram à RTP, à Fundação Gulbenkian, aos professores da escola de Alcanena que gravam as aulas para televisão e a todos os professores que trabalham em casa, o seu trabalho.