O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, destacou as responsabilidades internacionais que Portugal assumiu no âmbito do combate às alterações climáticas.
No Porto, na abertura da conferência «Ação Climática – desafios estratégicos», Augusto Santos Silva reiterou que Portugal é um dos subscritores desde a primeira hora do Acordo de Paris e referiu que assumiu o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050 logo na conferência de Marraquexe, em 2016.
O Ministro disse ainda que Portugal tem também «responsabilidades específicas» no âmbito das Nações Unidas para assumir o papel de país facilitador «encarregado de procurar transformar o Acordo de Paris num pacto global assumido politicamente por todos os membros das Nações Unidas».
Santos Silva realçou a «importância e a necessidade óbvia» deste desafio uma vez que, até ao momento, nenhuma das duas maiores economias do mundo, que são responsáveis por mais de um terço das emissões carbónicas anuais, «foi inteiramente clara no seu objetivo de descarbonização».
O Ministro ressalvou que a China anunciou na assembleia geral das Nações Unidas de 2019 o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2060, «num primeiro passo muito importante», mas os Estados Unidos «ainda não se vincularam à plena implementação do Acordo de Paris».
«O objetivo de salvar o planeta só será plenamente conseguido com a contribuição de todos, incluindo das economias maiores e das economias mais poluentes e o trabalho das Nações Unidas, quer de Portugal, quer da União Europeia, é fundamental para que o objetivo seja prosseguido e cumprido», acrescentou.