A Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, afirmou a importância de dinamizar e valorizar os oito bens portugueses inscritos na UNESCO «como potencial de diversidade cultural».
Em Faro, na cerimónia que assinalou o 15.º aniversário da assinatura da Convenção de Faro, a Convenção-Quadro do Conselho da Europa Relativa ao Valor do Património Cultural para a Sociedade, a Secretária de Estado referiu que o Governo vai apresentar a 27 de outubro um esboço da estratégia nacional para o património cultural imaterial.
O património cultural representa «a identidade e diversidade cultural de todo o território nacional e concorre para a coesão social e territorial, mas também para o potencial turístico, para o potencial das artes e ofícios, para o potencial dos saberes».
«Não queremos que se percam com a partida das gerações passadas, queremos que se prolonguem para as gerações futuras», disse, acrescentando que a estratégia ficará dividida em quatro eixos fundamentais: boa governação, comunicação, capacitação e criação de redes.
A criação da estratégia está a ser partilhada entre Direção-Geral do Património Cultural, direções regionais de Cultura, Comissão Nacional da UNESCO, entidades promotoras dos oito patrimónios culturais imateriais portugueses registados na UNESCO, entidades acreditadas pela UNESCO e profissionais especialistas na área do património cultural imaterial.
Fado, cante alentejano, dieta mediterrânica, falcoaria, barro de Estremoz, caretos de Podence, chocalhos alentejanos e a olaria preta de Bisalhães são os bens portugueses inscritos na Lista Representativa de Património Cultural Imaterial da Humanidade.