O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, sublinhou a evolução constante do trabalho da Força Aérea destacando o recurso inteligente às novas tecnologias como forma de combater a escassez de meios, após visita ao Comando Aéreo, em Lisboa.
«O mais importante é a noção de que o trabalho da Força Aérea não pode ser estático. Precisa de constante evolução porque a evolução tecnológica é tremenda, neste momento», disse Gomes Cravinho.
O Ministro disse que a Força Aérea está atualmente a «integrar na sua forma de trabalhar quotidiana informação que vem de múltiplas fontes, incluindo o espaço, a quinta dimensão [a dimensão do ciberespaço], e a inteligência artificial».
Gomes Cravinho afirmou que «vivemos sempre com menos meios do que gostaríamos», o que «é uma condição normal que todos os países têm. Os meios da Força Aérea, e os meios militares em geral, são muito caros».
Simultaneamente, «verificamos que a utilização inteligente de novas oportunidades, que resultam das novas tecnologias, em particular a inteligência artificial, criam a possibilidade de responder aos novos desafios conciliando aquilo que é caro com aquilo que é menos caro», acrescentou.
Gomes Cravinho visitou as instalações concebidas ainda na década de 1970, num contexto de Guerra Fria, designadamente a casamata contruída para resistir a ataques nucleares, onde é controlado todo o espaço aéreo nacional, incluindo aviação civil e aeronaves não tripuladas (drones) e outros objetos.
Nas mesmas instalações, encontra-se o comando de operações aéreas militares onde são coordenadas todas as missões da Força Aérea, entre as quais o apoio no combate aos fogos florestais e o transporte aéreo de doentes.
O Ministro foi acompanhado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Nunes Borrego.