«Onde viver um português tem de haver serviços públicos de qualidade»

A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, participou na apresentação do «Ir e Vir», o projeto de transporte flexível a pedido da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, que decorreu em Tondela.

 

Este projeto-piloto segue o exemplo de iniciativas de outros territórios que asseguram oferta de transporte público de passageiros à medida das necessidades das populações que vivem em zonas de menor densidade geográfica desta sub-região.

 

O projeto vai contar, para já, com 20 circuitos com horários e paragens pré-definidas e com uma linha de atendimento única para os concelhos de Aguiar da Beira, Nelas, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Tondela e Vouzela. 

Os utilizadores devem marcar a sua viagem com 24 horas de antecedência e pagar um valor simbólico pela mesma. Consoante o número de utilizadores em cada viagem, a Comunidade Intermunicipal disponibiliza um veículo adequado para o percurso.

 

«Nos dias de hoje, é fundamental assegurar transportes que cheguem à vila, aldeia ou ao lugar mais remoto do país. Porque onde viver um português tem de haver serviços públicos de qualidade aos quais é fácil aceder», disse Ana Abrunhosa no encerramento da cerimónia.

 

«Este é um serviço de transporte público personalizado, eficiente e flexível» que assegura ainda que os cidadãos em territórios mais remotos acedem mais facilmente a outros serviços na área da saúde ou da administração pública. «É uma garantia de melhor qualidade de vida e um serviço à coesão territorial», continuou.

 

 

«O futuro é isto: serviços mais próximos, adaptados às necessidades de cada território e das suas pessoas», reforçou a Ministra. Esse tem sido um objetivo do Governo com a implementação de projetos de Balcões Móveis, pontos de atendimento itinerantes onde se pode alterar a morada do Cartão de Cidadão ou revalidar a Carta de Condução, ou com Unidades Móveis de Saúde, que vão ao encontro da população com cuidados de vigilância, acompanhamento e prevenção da doença.

 

Projetos que têm sido apoiados pelos Programas Operacionais Regionais do Portugal 2020 e que «vão continuar a sê-lo no próximo quadro, o Portugal 2030». Nestes projetos, diz Ana Abrunhosa, o trabalho conjunto entre autarquias é fundamental para «minimizar custos, maximizar eficiência e garantir rapidamente um ampla cobertura do território». «Queremos que em cada CIM do Interior haja um projeto destes», terminou a Ministra, esperando que o exemplo de Viseu Dão Lafões «inspire» outros territórios.