Chegaram a Portugal, através de um avião fretado, cerca de 270 refugiados ucranianos vindos de Lublin, na Polónia. Os refugiados foram recebidos no aeródromo militar de Figo Maduro, em Lisboa, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pela Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e pela Ministra da Administração Interna e Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.
Numa declaração à comunicação social, Mariana Vieira da Silva disse que este «é um dia muito feliz, foi um momento muito emocionante e um exemplo também da forma como a sociedade civil se está a organizar para acolher refugiados ucranianos, numa parceria muito intensa de 24 sobre 24 horas entre a sociedade civil, entre as organizações públicas, entre muitas empresas que se disponibilizaram a apoiar, e com as câmaras municipais».
A Ministra agradeceu a todos os envolvidos na operação e realçou que «um conjunto muito alargado de serviços públicos» irão dar acompanhamento a estes ucranianos, da saúde à habitação, para que tenham «um acolhimento muito positivo e que dê oportunidades de vida imediatas».
«Não é um trabalho curto, porque são muitas instituições que precisam de fazer o seu trabalho para podermos nos próximos meses assegurar uma integração completa destas pessoas, que hoje chegaram, na nossa sociedade, como, aliás, vem acontecendo há muitos anos a toda a comunidade ucraniana», acrescentou.
Regime de proteção temporária
Relativamente à
proteção temporária, Mariana Vieira da Silva já tinha declarado à agência de noticias Lusa que se trata de um «regime muito simplificado para as pessoas que venham da Ucrânia» por causa da guerra com a Rússia.
A Ministra disse também que não será feita qualquer distinção entre quem tenha ou não família em Portugal, acrescentando que esse fator será apenas determinante no momento da integração, dado que «é um dos critérios que favorece uma integração mais fácil».
«Depois de um momento inicial em que se faz o pedido de proteção internacional, esse pedido é transmitido aos vários serviços públicos, é atribuído um número de segurança social, um número fiscal e um número do SNS para que toda essa resposta possa ser dada», detalhou.