Portugal defende cooperação internacional no Fórum Oceano

O Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, apelou a «mais e melhor ciência e tecnologia para gerar prosperidade através da inovação e restaurar a saúde dos oceanos», no painel «O oceano e as novas fronteiras do conhecimento», uma das suas intervenções no Fórum Oceano, em Paris.

Ao longo das suas intervenções no evento, que decorreu de 2 a 4 de março, o Ministro Serrão Santos referiu que Portugal é líder na governação internacional dos oceanos e apelou a maior espírito de cooperação.

«A complexidade dos fenómenos aos quais estamos confrontados exigem informações científicas fiáveis para apoiar negociações políticas claras, não podemos negociar sobre o clima ou decidir uma moratória, não há sindicatos ou confederações que representem estes fenómenos, a nossa ferramenta é o conhecimento científico e a mudança de comportamentos», declarou.

Na delegação portuguesa, para a quarta edição do Fórum, participaram ainda Helena Vieira, da Direção-Geral de Política do Mar, José Manuel Marques, da Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, e Tanya Silveira, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. 

O evento decorreu no no Campus Pierre e Marie Curie da Universidade da Sorbonne e no Museu Nacional de História Natural, com a coorganização do Instituto do Oceano da Universidade Sorbonne (França) e do MARE-Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (Portugal).

O Ministro do Mar tem realçado que Portugal aprovou a Estratégia Nacional para o Mar 2030, em 2021, no ano em exerceu a Presidência do Conselho da União Europeia (primeiro semestre), tendo promovido as conclusões do Conselho sobre a economia azul sustentável. 

«A promoção de uma economia azul sustentável é, como sabemos, parte do processo do Pacto Ecológico Europeu. As economias descarbonizadas devem necessariamente integrar as questões oceânicas», explicou Ricardo Serrão Santos no painel «O oceano e as novas fronteiras do conhecimento"» 

A segunda parte desta iniciativa terá lugar em setembro, em Portugal, com o objetivo de debater a importância da ciência e da boa governação para a preservação e uso sustentável dos oceanos; que é também uma das prioridades da Presidência Francesa da União Europeia (primeiro semestre de 2022) e da Temporada Cruzada Portugal-França 2022.

Essa sessão ocorrerá após a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho, coorganizada pelos governos de Portugal e do Quénia, para acelerar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento 14 da Agenda 2030 das Nações Unidas, sob o lema «Conservação e utilização sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável».