Portugal assumiu, em conjunto com a França, a presidência do Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia para o período entre 2020 e 2030, durante uma reunião que decorreu em Sevilha, Espanha.
Em
comunicado, a área da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior referiu que «o setor deve dinamizar a criação de cerca de mil empregos qualificados nos próximos 10 anos, designadamente nas áreas da Observação da Terra, Telecomunicações e desenvolvimento de pequenos satélites, devendo crescer para cerca de 500 milhões anuais de faturação em 2030».
O Conselho Ministerial aprovou também um apoio ambicioso, estabelecendo um novo recorde de orçamento global, avaliado em 14,4 mil milhões de euros, que será decisivo para o futuro da Agência Espacial Europeia e para todo o setor espacial na Europa.
O documento aprovado inclui um conjunto de programas com o objetivo de potenciar a dimensão da economia espacial na Europa e alcançar descobertas significativas sobre a Terra, o Sistema Solar e o Universo, bem como garantir a segurança e proteção do planeta.
Do valor, Portugal vai contribuir com 102 milhões de euros, o que representa 0,7% do total. Durante a reunião, onde esteve o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor apresentou a
estratégia de Portugal para aumentar a contribuição nacional em cerca de 20%, o que representa um investimento público de cerca de 250 milhões de euros na próxima década e até 2030.
A comitiva portuguesa no Conselho Ministerial incluiu os membros da Agência Espacial Portugal Space: Chiara Manfletti, a presidente, Luís Santos, Ricardo Conde, Hugo Costa e Luís Serina, assim como Carla Santos, da REPER em Bruxelas.