Portugal tornou-se o 34.º Estado-membro da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto. Este fórum dinamiza a cooperação internacional para conservar a memória dos factos, combater o antissemitismo, prevenir a intolerância para com o Outro e evitar novos genocídios.
Na reunião plenária da International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA), que termina hoje [5 de dezembro] no Luxemburgo, Portugal viu aprovada a sua candidatura ao estatuto de país membro desta organização. Com esta alteração de estatuto, Portugal poderá dar um contributo efetivo para a memória e o ensino do Holocausto, com uma participação de pleno direito nos grupos de trabalho, dando contributos para discussão e para a elaboração de referenciais, temas-guias, relação com os media, orientações de política educativa, entre outros.
O currículo português integra estas problemáticas nas Aprendizagens Essenciais da disciplina de História no 9.º ano, História B, no 11.º ano, e História A, no 12.º ano, bem como na nova disciplina de oferta de escola do 12.º ano, História, Culturas e Democracia.
Em Cidadania e Desenvolvimento é igualmente abordada esta temática no domínio dos Direitos Humanos, de acordo com a Estratégia Nacional da Educação para a Cidadania, e a necessidade de promover o respeito pelo Outro numa sociedade que se quer inclusiva, promotora da igualdade, da democracia e da justiça social.
O Ministério da Educação, através da Direção-Geral da Educação, tem desenvolvido ações que se incluem nos objetivos da IHRA: seminários internacionais, cursos de formação, webinars e divulgação de notícias, bem como de projetos no âmbito do ensino do Holocausto. Estas iniciativas contam com a participação de vários parceiros institucionais, nomeadamente o Mémorial de la Shoah, a Memoshoá, a APH - Associação de Professores de História, entre outros.
Até agora, faziam parte da IHRA 33 países membros, um de ligação e oito observadores. Todos estes países reconhecem que a política internacional é imperativa para fortalecer o compromisso moral das sociedades e combater a crescente negação do Holocausto e o antissemitismo.