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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2021-12-20 às 18h44

Primeiro-Ministro visita forças nacionais na República Centro-Africana

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro João Gomes Cravinho com elementos das forças nacionais destacadas em missões na República Centro Africana, 20 dezembro 2021
Primeiro-Ministro António Costa e Ministro João Gomes Cravinho com o Primeiro-Ministro da República Centro-Africana, Henri-Marie Dondra, Bangui, 20 dezembro 2021
A missão das forças nacionais destacadas na República Centro-Africana é «a de maior dimensão e também de maior risco no que respeita a forças nacionais destacadas. Sei que os desafios na República Centro-Africana são particularmente difíceis e complexos. Os aliados nem sempre ajudam e dos inimigos não se pode esperar que facilitem», disse o Primeiro-Ministro António Costa no final de um almoço natalício com os militares portugueses.

Atualmente estão empenhados na República Centro-Africana 191 militares portugueses no âmbito da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (Minusca) e 45 veículos. Há ainda mais 26 militares portugueses na missão de treino da União Europeia (EUTM-RCA) no país.

«Sinto orgulho por haver unanimidade nos elogios aos militares e às forças de segurança portuguesas, seja das Nações Unidas, da União Europeia, ou das próprias autoridades da República Centro-Africana. Onde os portugueses chegam fazem amigos, é uma característica que nos é inata», disse, acrescentando que «queremos sair da República Centro-Africana ainda com mais amigos».

Reunião com o Primeiro-Ministro

Antes do almoço com os militares portugueses, o Primeiro-Ministro, acompanhado pelo Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, reuniu-se com o Primeiro-Ministro da República Centro-Africana, Henri-Marie Dondra.

No final da reunião, o Primeiro-Ministro Dondra elogiou a cooperação bilateral entre os dois países, sobretudo no plano militar, tendo destacado a importância da formação.

O Primeiro-Ministro português exprimiu a solidariedade de Portugal para com as autoridades e o povo centro africano, tendo também saudado a declaração de cessar-fogo entre o Governo e grupos armados e a preparação do diálogo, que pode dar novo impulso ao processo de paz, pondo cobro à insegurança e às crises humanitárias.

António Costa reafirmou o empenho de Portugal nas ações de manutenção da paz e da segurança na República Centro-Africana, frisando que o País o faz no quadro das Nações Unidas – «temos um compromisso efetivo para trabalhar em conjunto e para garantir a segurança da população. Neste domínio, as autoridades da República Centro-Africana podem contar connosco» - e da União Europeia. 

Na semana passada, a União Europeia decidiu suspender temporariamente a missão de treino militar, devido ao controlo por uma empresa privada de segurança russa de unidades das forças armadas da República Centro-Africana treinadas pela União Europeia. 

O Conselho Europeu decidirá, no início do próximo ano, prolongar ou não as atuais missões da União Europeia de Treino Militar (EUTM) e de Aconselhamento (EUAM) no país, dependendo das garantias de que isto não se repetirá dadas pelo Governo de Bangui.

Do ponto de vista bilateral, Portugal e a República Centro-Africana têm um acordo bilateral de formação de tropas. O Primeiro-Ministro português afirmou que Portugal vai «estudar qual a melhor forma de desenvolver a cooperação técnico militar», acrescentando que «para nós, esta é uma missão de grande responsabilidade».