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O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que a União Europeia (UE) está hoje «mais preparada» para evitar eventuais crises migratórias em situações como a do Afeganistão, uma vez que se foca não apenas na dimensão humanitária mas também na segurança da região.
Eduardo Cabrita falava em Bruxelas, no final de uma reunião dos ministros do Interior da UE sobre o Afeganistão, onde ficou definido, segundo o Ministro, que deve ser dada prioridade a áreas como a diretiva Eurodac [sistema europeu de comparação de impressões digitais dos requerentes de asilo] e que «que agora se revela ainda mais essencial», para garantir a defesa dos direitos humanos e os «elevados padrões de segurança relativamente àqueles que pretendemos proteger e nos termos do debate sobre reinstalação que poderemos vir a acolher» no espaço europeu.
O Ministro referiu ainda a declaração aprovada na reunião e na qual - apesar das visões europeias não serem inteiramente coincidentes - ficou definida a prioridade para a «dimensão humanitária como única forma de prevenir aquilo que pode ser um futuro risco de segurança para a Europa e para os cidadãos europeus».
Eduardo Cabrita relembrou também que a presidência portuguesa da UE teve as suas «prioridades corretas», designadamente, apostar na dimensão externa e na criação da agência europeia de asilo, com o Conselho e o Parlamento Europeu a terem chegado a acordo sobre este organismo (que vai transformar o atual Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo) em meados de junho.
Relativamente ao acolhimento de afegãos em Portugal, o
Ministro disse que o País tem capacidade financeira para acolher, no âmbito do
Fundo Asilo e Migração gerido pelo Ministério da Administração Interna centenas
de cidadãos, tendo como prioridade as mulheres, as crianças, os ativistas e os
jornalistas.
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