Despesa total em Investigação & Desenvolvimento atinge um novo recorde em 2022

O setor Empresas, responsável pela execução de 2 572 milhões de euros, representou 62% da despesa nacional em I&D e o setor Ensino Superior, 31% (1 285 milhões de euros). Os setores Estado e Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos (IPSFL) foram responsáveis por 4% e 2%, respetivamente.

Os recursos humanos afetos a atividades de I&D em Portugal em 2022 totalizaram 74 025 (Equivalente a Tempo Integral, ETI), dos quais 59 051 desempenharam funções de Investigador, valores que traduzem um crescimento de 6% e 5%, respetivamente, em relação ao ano anterior. Os investigadores continuam a concentrar-se no setor Ensino Superior 29 763 ETI (50%).

A publicação dos resultados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2022 (IPCTN Resultados Provisórios 2022) revela que a despesa total em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal atingiu um novo recorde de 4 134 milhões de euros em 2022. Este valor representa agora 1,73% do PIB (quando em 2022 se situava em 1,68%), evidenciando o aumento pelo sétimo ano consecutivo da despesa em I&D em função do PIB.

Em comparação com 2021, a despesa em I&D aumentou em todos os setores de execução. Mas o crescimento é particularmente expressivo no setor das Empresas, que aumentou 19,4% em 2022 (419 milhões de euros). As Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos (IPSFL) registaram um aumento de 15 milhões de euros (+18,2%), o Ensino Superior de 83 milhões de euros (+ 6,9%) e o Estado de 8 milhões de euros (+4,7%).

As empresas são responsáveis pela execução de 2 572 milhões de euros, o que equivale a 62% da despesa nacional em I&D. O setor Ensino Superior em 2022 respondeu por 31% do total da despesa em I&D, o equivalente a 1 285 milhões de euros. Os setores Estado e IPSFL representaram 4% e 2%, respetivamente.

O aumento da despesa em I&D pelas empresas e outras instituições privadas é o reflexo do progresso do emprego qualificado e do compromisso do setor privado em inovar e acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada em Portugal.

O número total de pessoas a exercer atividades de I&D em Portugal passou de 69 628 (ETI), em 2021 (+5%) para 74 025 (+14,2%). Desses recursos humanos, 59 051 desempenharam funções de Investigador, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Os investigadores continuam a concentrar-se essencialmente no setor Ensino Superior, 29 763 ETI (50% do total nacional de investigadores), e no setor Empresas, 26 456 ETI (45%).

A proporção de investigadores na população ativa bate novo recorde de 11,3 investigadores por mil ativos em 2022, o que compara com os 10,9 de 2021.

Este retrato das atividades de I&D em Portugal é traçado pelos dados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN), relativo a 2022, publicado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). 

O IPCTN é uma operação censitária de periodicidade anual, realizada desde 2007 (era bienal desde 1982), que constitui a base de informação estatística oficial sobre recursos humanos e financeiros afetos a atividades de I&D em Portugal.

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