Portugal vai reforçar o empenhamento das Forças Armadas em missões internacionais ao longo de 2023, com incremento da participação nacional em missões NATO e novas missões no âmbito da União Europeia e de caráter bilateral.
No seguimento do parecer favorável do Conselho Superior de Defesa Nacional, prevê-se um reforço das capacidades ao serviço da Aliança Atlântica no quadro das medidas de dissuasão e tranquilização no flanco Leste, no contexto da agressão da Rússia à Ucrânia. Além da Força Nacional Destacada que atualmente se encontra na Roménia, prevê-se um incremento dos meios da Marinha, do Exército e da Força Aérea.
Ainda neste âmbito, as Forças Armadas integrarão a nova missão da União Europeia de assistência militar à Ucrânia, que vai proporcionar treino inicial, avançado e especializado às forças armadas ucranianas nas áreas de instrução militar, inativação de engenhos explosivos, defesa nuclear, biológica, química e radiológica, e assistência médica em combate.
Outras duas novas missões estão previstas no plano bilateral, de capacitação de forças armadas de países amigos, nomeadamente em Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, na esteira dos resultados alcançados pela missão desenvolvida na Guiné-Bissau.
Adicionalmente, mantêm-se os restantes compromissos nacionais no quadro da NATO, da União Europeia e das Nações Unidas.
Assim, em 2023 prevê-se o empenhamento de Forças Nacionais Destacadas em 31 missões nos 5 continentes com cerca de 1640 militares, um acréscimo de 200 elementos face ao quantitativo inicialmente previsto no ano anterior. Esta é uma previsão e não contempla as necessárias rotações de contingentes que ocorram ao longo do ano.