Desenhando os territórios de clausura no interior da cidade e não fora dela, investida que está da missão de reeducar e reinserir, há--de nortear-se, sempre, pelo respeito pela dignidade humana, porquanto nesse respeito se joga a distinção entre os modelos de organização dos sistemas prisionais dos Estados democráticos e a barbárie.
Assim, ao projeto de criação de espaços, sempre vorazes e cada vez mais amplos, de exclusão - uma exclusão que inevitavelmente ditará o nosso fracasso coletivo, enquanto sociedade – é nosso dever, e ainda mais nestes nossos tempos, contrapor a Esperança.
Não uma esperança difusa – antes com força de verdadeira convicção –, uma esperança na possibilidade de colmatar incapacidades, reconstruir trajetos, recriar destinos, condição essencial da restituição da capacidade humana fundamental de ser cidadão de parte inteira àqueles que, pelas mais diversas razões e circunstâncias de vida, foram privados de liberdade.
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