Cerca de 97% dos horários pedidos pelas escolas em agosto foram preenchidos nas duas primeiras reservas de recrutamento, anunciou o Ministro da Educação, João Costa, numa conferência de imprensa em que fez o ponto de situação sobre a colocação de docentes.
O Ministro afirmou também que a colocação de docentes nesta altura supera as expectativas.
João Costa disse que os horários preenchidos nas reservas de recrutamento correspondem aos que ficaram por preencher após os processos de contratação inicial e mobilidade interna, a que se somaram depois horários entretanto desocupados.
Na segunda reserva de recrutamento, cujas listas foram divulgadas hoje, estiveram a concurso 4416 horários, dos quais cerca de dois mil decorrem de pedidos de substituição por baixa médica apresentados já após a primeira reserva, no dia 2 de setembro.
«Neste momento, do que resulta desta reserva, temos cerca de 600 horários que estão ainda em concurso e muitos deles estão já a migrar para a contratação direta pelas escolas», afirmou João Costa, esclarecendo que estes horários podem corresponder a outras atividades além de aulas, justificando que, por isso, não é possível extrapolar para um número de turmas ainda sem professor.
Balanço positivo
A poucos dias do início do ano letivo, que arranca entre 13 e 16 de setembro, o Ministro afirmou que o balanço positivo, referindo uma melhoria, comparativamente aos últimos dois anos, de 50% no número de horários por atribuir após a segunda reserva de recrutamento, que não era tão baixo desde 2019.
«Apesar de este ser um ano letivo com muito maior pressão», acrescentou, referindo o reforço com mais de 3300 docentes no âmbito do Plano de Recuperação das Aprendizagens debilitadas pela pandemia de Covid-19, a redução da componente letiva dos professores mais velhos, e o aumento expectável do número de aposentações, que ao longo de 2022/2023 deverá rondar os dois mil.